segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Estudantes fazem protesto!

Musica para acompanhar: Stargazer - Rainbow

Estudantes fazem protesto na frente da câmara dos deputados contra o aumento salarial de 65% dos deputados. Eram vários estudantes, todos gritando, ameaçando invadir o prédio, houve confronto com a policia, até que um deputado muito respeitado por um bairro, o qual viveu desde que nasceu, foi em direção aos estudantes conversar com um dos estudantes que liderava:

-Não vamos enriquecer por isso, pois estamos enfrentando a inflação oras!
O estudante irou-se e com os olhos vidrados nos olhos cínicos do "político" diz:
- Filho da P...

Após esse protesto xingante o estudante levou um soco no olho pelo deputado, por sua vez o deputado virou de costas e entrou no prédio correndo. O estudante tentou entrar no prédio, já se recuperando, mas o policial o agrediu. O pobre garoto levantou-se depois da "cacetada" e novamente tentou a entrada no prédio: Mais violência.

Todos que estavam olhando para a situação ficaram paralisados, por horas, indignados. Logo após o garoto com a cabeça cheia de sangue, aos prantos e sendo carregado por parceiros pensava em tudo que pudesse destruir o prédio, os deputados, a falta de respeito com seu povo, porém não tinha forças, era apenas um jovem estudante tentando fazer justiça com um protesto que possivelmente passaria na TV como mais uma notícia do dia acompanhado com uma entrevista sobre o assunto.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Na ponta da Prancha

Vou morrer é fato. estou aqui na pontinha da prancha, o tubarão já me comendo os olhos da gula em forma de cobiça. Esse bandido desse pirata com essa espada levemente fincada nas minhas costas. Mas é melhor que eu morra do que ficar nesse barco fétido cheio de piratas nojentos. Nem orando eu me salvo:
- Adeus marujo! - disse o pirata.
E o pobre marujo pulou e foi comido pelos tubarões.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Hamurabi era egoista? ou pensava no outro?

Everbody Hurts - R.E.M.

Quanto que é 2010 menos 1700 anos antes de Cristo?
Vou te ajudar, sem calculadora é mais de 2000 anos...
O Hamurabi que inventou um código nas pedra...
Te adianto que foi uma medida que ele acreditava que daria certo para a sociedade lá da Mesopotâmia da Babilonia.
Como era mesmo o jargão? Olho por olho, dente por dente?
Então quer dizer que naquela época se vc roubasse alguma coisa minha eu poderia roubar alguma coisa sua(hum... será que teria que ser a mesma coisa? se o vc não tivesse o que eu tinha eu poderia escolher outra coisa... parece ser legal esse codigo hã?). Se vc matasse meu pai eu mataria o seu(hum... credo que horror, não!, devia ser uma carneficina tudo isso). Então se vc cobiçasse a minha mulher eu poderia cobiçar a sua(tá e se vc fosse mulher? Eu não ia querer o seu homem, poderia pensar numa prima, irmã, mas mesmo assim, essa e-storia já está indo longe demais... e por que eu iria cobiçar alguém da sua familia? matar seu pai ou roubar alguma coisa de vc?) Só porquê vc fez isso comigo?

 Acredito que para tudo tem um contexto, quando não tem inventamos algum por vontade ou força maligna, ou sei lá o que! Mas o que importa é que isso é muito parecido com o termo vingança. Pense na vingança e agora no código de Hamurabi,  são muito semelhantes, e também com uma expressão muito utilizada: "Vou pagar na mesma moeda..."

Agora me diz, por que eu preciso pagar na mesma moeda ou me vingar de outra forma, eu vou ganhar só a sua infelicidade, o seu desastre... Não vou me sentir melhor por lhe dar o troco... Pode ser legal, bom, mas momentaneamente(ouvi dizerem já: o que é um peido pra quem tá cagado? seguido de gargalhadas de quem proferiu isso, essa frase me deprime, sério!)

Agora pense nas pessoas como objetos e pense também que as pessoas hoje estão se transformando em pixels e codigos binarios no seu computador, assim eu(pequeno, magro e fraco) posso mandar tomar no meio do olho do... , do outro lado do mundo, um otário( com 2m de altura, bombado, sem cerebro e faixa preta em jujitsu) que ele não virá aqui me bater. O maximo que ele fará, é me retribuir a mesma frase ou pior, ou pior ainda, ficar off-line).

Pense nas discussões on-line, para ser sincero, não tem a menor emoção.
Discutir on-line e pagar na mesma moeda, uma ofensa, não tem a menor graça.
E ainda, para quê eu vou querer que vc sofra, se eu já estou sofrendo(inventem ai algum motivo, uma historinha, usem a criatividade)? Por que eu vou querer o sofrimento do outro?

E esse individualismo, esse descompromisso com os outros? Agora pensem lá na idade da pedra, todos nós estamos morrendo de fome, se encontramos comida, o mais rapido, o mais forte e o mais inteligente, vai matar a fome, e para isso terá que matar seu proximo numa disputa, possivelmente.

Não sei quanto vc, mas eu não estou nem na pré-história, nem na época do Código e nem no Alaska congelando e passando fome tendo que matar meu amigo para me alimentar da carne dele para não morrer.

Pense!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quem?

- A multidão passou e levou tudo.
- Quem passou?
- A multidão.
-Quem é a multidão?
- ...

sábado, 20 de novembro de 2010

Visão Noturna

Night Vision - Suzanne Vega

Possível Tradução:

De dia dê graças!
De noite, cuidado!
Metade do mundo em doçura.
O outro, em medo.

Quando a escuridão toma você, com a mão em seu rosto, não se entregue muito rapidamente, encontre o que ela é, mesmo estando no escuro.

Encontre a linha, encontre a forma através do grão.
Encontre o contorno, as coisas vão lhe dizer o que são.

O quadro... o violão...
O copo vazio...

Tudo vai se misturando quando a luz do dia se vai.

Encontre a linha, encontre a forma através do grão
Encontre o contorno, as coisas vão lhe dizer o que são.

Agora eu vejo você cair no sono.
Assisto vc enrolar o punho contra o lençol.
Assisto aos seus lábios se abrindo e os seus olhos ofuscarem em fé cega.

Gostaria de te abrigar e te manter iluminada(o)(com a mente iluminada).
E eu só posso te ensinar.
A visão noturna!
A visão noturna!
A visão noturna!

Linguagem

Language - Suzanne Vega

Possível tradução:


Se a linguagem fosse líquido, estaria  escorrendo ferozmente, como uma enxurrada.E nós aqui nesse silêncio que é mais violento e ensurdecedor do que qualquer palavra estridente poderia ser.

Estas palavras são muito duras, Elas não podem se mover rápido o suficiente, Para capturar o efeito no cérebro quando viramos a cabeça rapidamente, quando num reflexo, a imagem fica ditorcida(arrastada pelo movimento) pois o cerebro tenta acompanhar o movimento em detrimento da imagem.

E então o momento se perde e voa, e se vai, e já foi,
já foi
já foi

Eu gostaria de encontrar vc em um lugar atemporal, sem lugar, em algum lugar fora do contexto... E além de todas as consequências...

Vamos voltar para o prédio...
(As palavras são muito duras)
Na  rua West Little 12h, não está longe
(Elas não podem se mover rápido o suficiente)

E o rio está lá, renovando suas aguas a todo momento...
E o sol e os espaços também estão lá...

Estão abaixo desse momento linguístico.
(Para capturar esse arrastamento da imagem  no cérebro) 
E a gente vai sentar-se no silêncio
(Que voa e se vai)
Isso vem escorrendo ferozmente como enxurrada e já
foi (já foi)

Não vou usar palavras mais uma vez, elas não significam que eu quis dizer. Elas não dizem o que eu disse. Estão apenas a crosta do significado com reinos subterrâneos nunca tocados, nunca mexidos, nunca nem passou por...

Se a linguagem fosse líquido, estaria  escorrendo ferozmente, como uma enxurrada.E nós aqui nesse silêncio que é mais violento e ensurdecedor do que qualquer palavra estridente poderia ser.
E então o momento se perde e voa, e se vai, e já foi,
já foi
já foi

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Ariranha( na verdade é uma Irara)


Estava indo para aula de Literatura, comentando do terçol que ganhei de presente do destino, o qual servia de obstáculo ao enxergar objetos, os quais eu tinha que olhar "cabisbaixamente", quando uma amiga faz um comentário sobre um animal que viu nadando no lago da universidade. Dizia ser um animal muito estranho, pois todos que passavam naquele momento pelo lago e notavam tal criatura, paravam para tirar fotos. O rosto de minha amiga demonstrava um certo fascínio, ou era um fascino aterrorizado, não consegui descrever, porém senti que essa criatura seria muito difícil de compreender em sua forma. Um outro amigo que estava conosco, também viu essa criatura e nos disse como é chamada: Ariranha(Impossivel, mais tarde descobrimos que só há na Amazonia). Mas que nome mais horripilante é esse? senti um certo pavor, na própria sonoridade da palavra, o significante que reinava na minha cabeça era de uma criatura sem forma. A partir do momento em que meu amigo começou a descrever a tal da Ariranha(Irara), me subiu um arrepio na espinha dorsal. Ele comentava que a coluna dela corcunda, era meio rastejante, tinha pêlos, parecia às vezes uma capivara, às vezes um castor, por conta de uma cauda, tinha quatro patas, e era mamífero. O bicho andava no meio da grama, de noite e meu amigo levou um susto pavoroso, pois temporariamente, não conseguia associar aquela imagem com nada parecido, com nada que já tinha visto.  Um outro amigo o qual comentei sobre a temivel criatura, disse que mais parecia uma lontra, mas que possuia dentes grandes e era violentamente impiedosa. A partir desse momento, que eu não sei como o significante de Ariranha,(hoje Irara) me pareceu "indeglutivel". Era intragável, me causava calafrios, era assustador. Não tive coragem de procurar no Google para saber como era. No dia seguinte fui almoçar no restaurante da universidade, estava com pressa, a cada garfada era um segundo a mais que eu ganhava, mal engolia. De repente do outro lado do obstáculo(as janelas do restaurante) que distorcia minha visão, vi um par de seios formosos e glúteos e pernas torneadas, impossivelmente, concentrei minha visão para ver se aquilo pertencia a alguma mulher. Vi de relance, logo, o conjunto surreal aparece novamente atrás das janelas que dificultavam minha visão. A criatura entra no restaurante universitário, dessa vez as grades atrapalhavam a compreensão da imagem. Até que pude ter o vislumbre, como quem vê uma paisagem. Realmente era uma mulher, só que um pouco alta, mais que as normais. Fiquei muito desconfiado, talvez eu estivesse muito cansado, sentisse muita falta da minha amada. Não sei por qual razão aquilo, a criatura, me provocou um certo arrepio, como pensar na tal da Ariranha.(e de novo Irara) Ha! mas era óbvio, é inevitável pensar que essas duas criaturas teriam uma relação zoomórfica. Só sei dizer que mais tarde, era noite já, na universidade, e perto do lago, onde havia árvores com folhas que recheavam a copa, "desapercebidamente" passei por  uma árvore, avistei a criatura mulher surreal e estava atrás desse "obstáculo", e passei adiante, seria ridículo se ficasse fitando a pobre moça, mas a questão é que quando virei de costas, a moça tinha desaparecido: e eis que surge saindo de trás da árvore: A temível ariranha(Irara).

Será que hoje existe pai?

Dogs - Pink Floyd


Isso é Pai de Família?


Era segunda-feira, vinte e uma horas, o homem acaba de chegar. Com a própria roupa suada e suja da rua, senta no sofá e liga a TV para ver as noticias. Espera a mulher servir a comida. Gabriela Gala era casada com esse homem, ao longo do dia, pensava no marido, pensava em sua historia, na vida que levava, no protetor e provedor da família, um guardião. Estava insatisfeita com a vida de dona de casa. pensava em trabalhar no banco. Ajudava as crianças com as lição de casa, dizia as crianças que ao estudar se preparavam como pessoa, se distinguiriam de pessoas que ignoram a vida, a sociedade, o próximo. Augusto tinha em mente estudar historia, ouvia atentamente o que sua mãe, Gabriela Gala, dizia, percebia que os portugueses não poderiam simplesmente fazer um acordo com os índios e os negros. Desconfiava da professora de Historia, queria descobrir, saber da historia de seu país. Plínio adorava as aulas de ciência, pensava em ser astronauta, viajar para planetas, galáxias. Pensava que era muito menor que um grão de areia, para o universo que via e lia nos livros, nos vídeos da internet. Era fascinado por matemática. Conversava com a mãe sobre as invenções da NAASA que usamos no cotidiano. Na terça feira, vinte e uma horas, o homem chega, senta no sofá, espera seu jantar ser servido por sua esposa, Gabriela Gala, Assistia TV, dormia no sofá e de manhã bem cedo tomava banho, tomava café com sua família e saia mais um dia de trabalho na quarta-feira. A noite, assistia novela, enquanto comia. Desligou a TV, foi tomar banho e decidiu dormir junto de sua esposa. Gabriela Gala, estava certa de que seu marido, não tinha qualquer envolvimento afetivo com a família. Lamentava. Não queria mudar de vida, pois o amava. Amava sem saber o porquê, mas amava. Na quinta-feira, o homem chega em casa, de noite, com um novo celular com ótima tecnologia. Os filhos estavam ansiosos para ver, mas o pai não permitiu que eles tocassem no aparelho. Augusto e Plínio, entendiam que o pai era uma pessoa que sofria muito por trabalhar demais a semana toda, e não ter descanso. Entendiam que a situação financeira não estava favorável, pois abdicaram do judô e futebol, aprenderam a tomar ônibus para ir e vir, para não depender do "tio da perua". A ausência do pai era muito sentida, os garotos percebiam que o pai precisava estar presente em muitos momentos. A mãe, Gabriela Gala, essa sim, acompanhava a evolução dos filhos de perto, e lhes dava muito amor. Na sexta-feira, o marido liga para a mulher no horário que sempre chega e diz que vai chegar tarde por conta de uma cervejada com os amigos. Gabriela Gala entendeu perfeitamente, pôs os filhos para dormir e foi dormir logo depois. No fim de semana, o homem se enclausura em sua oficina nos fundos da casa e só para seus afazeres na hora do almoço, para se alimentar é claro. Era uma família, exceto a falta, a presença ausente do pai de família.

E esse é Pai de Família?

Sérgio acordou as seis da manhã, levantou, foi esquentar o leite de sua filha ainda bebe, olhou para o lindo bebezinho e se lembrava o quanto sua vida tinha mudado, o quanto aquele bebe representava sua vida, a partir de seu ponto de vista. Hoje iria trabalhar, lembrou que iria dar treinamento a alguns funcionários e já teve idéias muito boas, para que os funcionários não ajam como robôs, mas que demonstrasse sua humanidade com o próximo. A partir de varias estratégias da psicologia, pensou que podia treiná-los muito bem para terem uma ótima qualidade de vida profissional, pois sabia que se os preparasse bem, teria um clima em seu ambiente de trabalho muito mais agradável e produtivo. Voltou ao quarto, beijou a esposa, dizendo que a amava, mas também dizendo que precisava de ajuda para preparar o café da manhã. A esposa enrolou mais um pouquinho no calor confortável da cama, enquanto isso Sérgio já trazia descontraidamente o café para o quarto. Ele fazia isso algumas vezes no mês. Não era sempre. Acordavam juntos, dividiam tarefas. Sérgio se preocupava com tudo dentro e fora de sua casa. Se preocupava com o bem estar de sua família. Pensava que sua mulher, que trabalhava, apesar do dia estressante, poderia querer algo para relaxar a noite, talvez um filme, uma boa fofoca, um desabafo, uma conversa filosofante, mas não monótona. massagens, carinhos... Sérgio fazia duas poupanças, uma para sua família e outra em especial para sua filha. Se Sérgio pudesse seria um pai de família mais presente e atencioso, mas seu emprego de trinta e seis horas semanais(contando um dia do fim de semana, escala) poderia ser insuficiente. Embora sua sogra sempre o elogiasse, pela felicidade da filha, tentava entender como poderia contornar as situações quando sua esposa estivesse irritada com fatores externos. Cuidava da sua filha com tanto carinho que muitas vezes dormia em pé debruçado no berço da criança. sempre imaginava o futuro de sua filha, que seria brilhante. Sérgio fazia faxina, discutia política com a esposa, lia a Bíblia, dava atenção a outras religiões, tinha grandes amigos ateus, tentava dialogar com uma vizinha velha e rabugenta, quando lavava o quintal, muitas vezes sem sucesso nenhum, pois a velha mais reclamava do mundo, do que ouvia a voz de Sérgio. Imaginava todos os dias em como ser uma pessoa melhor, um pai melhor, um marido melhor. Discutia muitas questões com sua fiel companheira, sua esposa. Ela não conseguia enxergar homem melhor que ele. Sentia-se protegida, satisfeita, amparada, segura, livre para fazer o que fosse quisto. Porém reconhecia os esforços de Sérgio e o queria sempre por perto, queria sempre fazer coisas junto com ele, pois era maravilhoso estar ao seu lado. Sua mulher era quem dera vida a Sérgio. Era sempre ela quem o apoiava, quem ajudava na faculdade, nas idéias dos treinamentos, nas mudanças de comportamento, nas decisões financeiras. É um esboço de uma certa família, exceto por ser bastante idealizada.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nasci

No ceiling -  Eddie Vedder

Uma criança não sabe, mas está no momento de descoberta do mundo. O momento da descoberta é repleto por cores e formas indescritíveis até então, o mundo pela qual habita tem regras as quais não são visíveis. O mundo invisível, o virtual, permeia os sentidos. Como saber se não o sabe, o mundo invisível? Não é possível temer, e temer sobre o que? o que é preciso para ter medo? O não conhecido por ser conhecido, por ser desbravado, que força é essa, a curiosidade? Pode levar ao perigo, que perigo nos fazer nos mover, que perigo nos paralisa? Mas para a criança, o medo e o perigo, são desconhecidos. Muitas vezes pelo primeiro contato não são perceptivos, a perseverança surge sem dogma, sem teoria religiosa. É só receptáculos a disposição de estímulos. Estimulação da curiosidade. É preciso conhecer tantos cheiros, gostos, sensações, sons for preciso, mas o quanto é preciso? É Input para receber o mundo, ideia de tudo que está contído. Sem consciencia, sem historia, sem Langue nem Parole, estar aberto a tudo sem distinção. Os pais podem nortear o conhecimento do mundo. Mas tudo é manipulção dessa força reagente aos estímulos que O mundo do pensar também ainda por descobrir. A identificação com as coisas, de todo tipo. A familiarização pelo repetido, pela repetição. O mar do inconsciente sendo preenchido de experiência.  Viajem para mundos dentro desse mundo que é descoberto por múltiplos véus. Mal sabe o que pode encontrar pela frente e é movida pela curiosidade.

A criança entre a Macro e a Micro perspectiva

Comfortably Numb - Pink Floyd

Uma criança estava em sua casa, num apartamento, no décimo andar, na sala de paredes brancas com grandes janelas, com os pais, e de repente começou a fazer gestos aleatórios com as mãos e começou a imitar os pais, e depois começou a cantar a musica do seu desenho animado "preferido", tentando alterar a voz. O modo com que cantava "parecia" irônico. As brincadeiras, a interação que tinha com os pais, parecia tudo falso. Os pais não davam muito atenção para suas ações, até que a criança começa a chorar sem motivo. Logo que eles foram abordar a criança, ela parou, voltaram a atenção para a TV novamente e a criança torna a chorar. Esse "joguinho" passou a acontecer algumas vezes até que o pai, perde a paciência e começa a ameaçar e a bater na criança. Nada disso adiantou. Podia se interpretar, que a criança queria fazer os pais de bobos. A criança cansa de brincar disso, e começa a ficar paralisada, emitindo sons com a boca, olhando num ponto fixo, a mãe começa a interagir com a criança, mas a criança não dá a atenção esperada. A mãe, preocupada, pega a criança no colo. Inesperadamente a criança morde o nariz da mãe com força. A mãe, irritada, lhe dá um tapa na boca. E começa a falar com a criança e a pequena começa a imitar a mãe. Por que? O que será que a criança testa? qual a dimensão que a criança tem das coisas? Nenhuma. E como a criança aprende a ter noção? na violência? Na demonstração. Como se dá os laços de confiabilidade entre pais e filhos? Será que quase tudo é falso? Será que o medo, a autoridade, tem a ver com a distorção da imagem que é projetada e que deveria ser "sinonimas" entre os pais e os filhos? A criança não sabia que os pais assistiam ao vídeo de seu casamento, que era um recurso utilizado para a reflexão do contexto presente. Os pais da criança já tinham brigado demais.  Queriam resgatar ótimas épocas. Queriam enganar-se com esperanças possivelmente verdadeiras. Qual deles teriam a dimensão do contexto de seu casamento? Nenhum dos dois. É sempre uma coisa que muda de cor, que muda de tamanho, muda o tom, e terminar tudo é apenas um modo de ver as coisas que está em pratica, ambos concordam e seguem com seus cosmos. Mas os pais da criança, depois de tanto tempo juntos, desperdiçar suas vidas com egoísmo, com mesquinhices... Tinham um filho oras! Ali há uma família. Não era um engodo. Era um terreno fértil para o desenvolvimento de pessoas: AMOR.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Conto que eu queria que fosse de amor, mas não era conto.

Knight moves - Suzanne Vega

Uma vez uma princesa, de um reino desconhecido, conheceu um homem que vendia sonhos. Um dia conversavam sobre sonhos e um dia a princesa lhe disse que os sonhos que tivera nunca tinham sido concretizados. Já o homem que vendia sonhos, os vendia pois eram realizáveis. Não lhes dava a receita de como realizar um sonho, mas fazia uma bela propaganda sobre seu sonhos, dos mais variados. Acreditava que tudo era possível, se houver vontade e coragem. Viveu muito pouco pois sua infância passou doente. Era uma criança bela de seus trinta e dois anos. A princesa vivia seus vinte e dois anos vigorosamente. Era linda, que até o homem que vendia sonhos gostaria de comprá-la, e tê-la para si. Linda, inteligente, educada, seus pais lutavam contra os monstros cavalos do submundo. Ela tinha ajuda de Deus para conseguir dar conta de reinar num reinado de rei ausente. O homem que vendia sonhos, por sua vez, a cada dia ficava mais encantado com sua majestade. E conversavam todos os dias. A princesa lhe disse um dia que não queria comprar nenhum sonho, pois sabia que nunca iria conseguir realizar. O homem disse que não era preciso muito para realizar sonhos. As vezes os sonhos eram realizados sem nenhum esforço, dizia. A princesa não queria um sonho. Ela queria governar seu reinado sem expectativas.

Um dia o homem não saiu as ruas para vender seus sonhos, ficou doente, tinha delírios, pois queria que seu sonho sonhasse. Achava loucura, e acreditava estar doente. A princesa não sabia onde encontrar o homem até que descobriu através das crianças que brincavam com pedras em umas das ruas onde era possível encontrar o Homem que vendia sonhos. As crianças tinham muito sonhos e sabiam que não podiam concretiza-los alguns deles mas tinham esperança, mente estável no desejo. A princesa não tinha a menor noção disso. Entrou na casa do Homem, e brigou com ele. Dizia que já era para ele ter sonhado em ficar bom. Dali discutiram horas sobre sonhos. O homem, ficou aterrorizado com a ferocidade da princesa, a cada palavra adoecia. A cada tentativa de convencimento, ia ferindo com suas palavras cheias de emoção, mas a linda princesa recebia como açoites. E o desentendimento foi mostrando que a linda princesa tinha uma ferida do passado a qual não tinha conseguido se curar. Focava seu olhar em outras coisas do mundo, pois doía muito tocar nessa ferida, como a metafisica na alquimia das poções e nos animais da floresta que eram judiados pelos homens ruins daquela terra, além de governar a cidadela para seu pai com ajuda de tutores. Seu constrangimento era tão grande que se desencantou pelas palavras doces ditas pelo Homem que vendia sonhos, era um mero homem agora, saiu e o deixou com a marca de sua ferida. O Homem ficou doente duas vezes na mesma vez. Começou a pensar sim podia sonhar em ficar bom e poderia desejá-la e ter esperança, podia viver com esperanças, como as crianças. Queria que a princesa pudesse enxergar mais que os próprios olhos, e sim com a visão que até então estava desacordada em seu coração ferido, pelas injustiças que barraram a realização de seus sonhos. Desde então começou a ir na casa de um velho ancião que sabia muito sobre o desenvolvimento da esperança e conhecimento em forças místicas.

Doente

Breathe - Prodigy


Estou doente, da energia que absorvi e não deleguei a inércia e ao fluxo de renovações. Vou encontrar primeiro a cura de todo o mal absorvido, de toda a raiva, a ira contra todos, contra cada ser vivo, inclusive de mim mesmo. Vou expurgar todo piche grudento e fétido da minha alma pecadora e perversa. Atormenta a mim, aos outros que nada tem em comum dessa absorção mórbida e cavalar de ódio. Vou fazer dos insetos algozes, vermes ditadores, moscas uma sociedade hipócrita cheia de vícios. Moscas com o peso de mamutes e dentes como o de  tigres dente de sabre. Predadores de toda boa oportunidade, da boa caça ao cômodo, pela sobrevivência mortificadamente imprudente e rota. Adjetivações exacerbadas para a extração de toda sensação inverossímil pois são reais do ponto de vista fantástico e não uma ficção dentro da ficção. O fantástico que chega ser real dentro do real sentimento duvidoso. Agora vou fazer um esforço para sobreviver a travessia no mundo do inconsciente.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Deixar de tentar ser o outro


Estava pensando agora no que eu tenho para fazer. De repente me lembrei de algumas pessoas. Pessoas as quais me convocaram para fazer coisas as quais não estão ao meu alcance. Falhei em dizer que daria conta. Mas como poderia decepciona-las? Disse a elas  o meu limite: Farei o que for dentro das minhas possibilidades. Pensei que abraçar o mundo é impossível mesmo. Pensei que até o Superhomem tem a criptonita como ponto fraco, e nem sempre ele faz tudo sozinho. É inviável cuidar das nossas responsabilidades e das responsabilidades dos outros. Um problema ficaria mil vezes maior, se eu tivesse um campo de visão tão abrangente que tomasse o do outro. É parecido com viver duas vidas. Não conseguimos nem aproveitar a vida direito, quanto mais "tomar conta" das questões alheias que os outros deixam escorregar para nossas mãos. Não temos consciência do que é nosso e do que é do outro e nem o outro. O meu comportamento em determinada situação é condicionado passivamente pela atitude do outro. E sem perceber tomamos questões alheias, tentamos pegar com as mãos o espaço do outro: inutilmente. E sofremos tanto por nós mesmos. Por não saber onde é nosso lugar, nosso território praticável, onde realmente temos equilíbrio de resolver nossas questões e ajudar (se necessário) o outro. A chave de tudo é olhar para si mesmo de perspectivas diferentes, olhar o outro de perspectivas diferentes, simular o que está dentro do cabivel a nós, sempre buscando equilíbrio(a medida certa das coisas importantes para nossas vidas, para nossa felicidade, saúde, coração emocional pulsante até para o trabalho intelectual.) O contexto é outra chave para abrir a porta para o desconhecido. Saber o contexto das pessoas, das situações é pista para identificarmos nosso espaço. Receita para o bem estar existem varias, porém é preciso saber regular o foco que damos aos objetos que estamos observando e interagindo.

Despacho coletivo


Num momento da historia religiosa, houve um membro de um grupo da Umbanda que ganhou prestigio na Televisão por encorajar as pessoas a terem mais contato com o mundo espiritual de fato: chamar espíritos para dentro de suas casas e conviver com o tormento ou a benção, o ranço ou alegria, o peso ou levza, a alma penada ou iluminada, das reivindicações dos mortos. Era como se os já falecidos governassem a vida das pessoas mais efetivamente. Com direito a ataques parecidos com convulsões em todos os lugares e em quase todo tipo de gente. O caos se instaurou na sociedade, pois os espíritos mais faziam suas vontades do que as próprias pessoas. Havia uma grande briga entre espíritos de luz e espíritos da escuridão.As pessoas que já eram escravas de suas próprias vidas agora serviam ao mundo espiritual. Até que Lucifer, o membro do grupo de Umbanda, teve uma ideia de emergência: Fazer um despacho coletivo. Primeiramente quando foi ao ar seu pronunciamento, houve varias interrupções, pois o falecido tio do camera queria dizer ao mundo que não gostou do caminho que o sobrinho tomou e que vai amaldiçoa-lo por trabalhar na tv. Os espítos bons tentavam de toda maneira restaurar a ordem, mas havia pouca fé das pessoas do mundo e a mentalidade dos espíritos variavam muito. Lucifer disse a todos os que não estavam em transe no momento da transmissão para pegarem todos os ingredientes necessários para despacho e a seguir deu a seguinte instrução: peçam aquilo que desejarem, para que consertemos esse mundo(logo os possíveis tradutores que não estavam em transe, transmitiram para o mundo todo o procedimento. Mal sabia Lucifer que poderia estar evocando a bomba nuclear do século que deixaria "cratéras meteóricas" no mundo todo. No dia combinado, todas as pessoas que estavam conscientes, foram a todos os grandes centros de comunhão social( torre Eiffel, Central Park, Cristo redentor(e seus arredores), Patio do Vaticano, Praças do mundo todo...) e montaram suas "oferendas". No momento seguinte, o pedido coletivo e fervoroso, a maioria das pessoas foi possuída por espíritos, logo depois do "trabalho", todos foram para suas casas, para seu cotidiano. No dia seguinte, varias mortes, desastres, pessoas que se amavam, agora se odiavam, obesos viraram anorexos, anorexos vivaram obesos, pessoas tranquilas perderam totalmente o controle, viraram animais, os já animalizados, viraram "carnificeiros", o caos que já estava instaurado, ficou ainda pior. As pessoas pararam suas atividades, deixaram de acreditar em suas vidas e em si próprios, agora viviam pela vontade, pelo estimulo que recebiam, a distorção moral e espiritual era tanta, que as pessoas já não se reconheciam, casamentos foram desmantelados, famílias se esfarelaram, corporações gigantes se transformaram em grandes caldeirões de pessoas descontroladas. A razão não mais residia na mente. Tudo era erupção de trabalhos espirituais. Não havia ordem. Lucifer foi morto, por seu filho influenciado pelo pior tipo de espírito, espírito do mal, da desordem. Quem teria desejado esse fim a ele? Seu filho ficou louco. Quem alma ou corpo físico com alma teria desejado que o mundo se consertasse? Qual era a verdadeira vontade do homem coletivo? E a dos homens individuais? Quem teria condição de fazer uma simples oração para o bem da humanidade? quem teria voz agora de orientar verdadeiros animais que não se apropriam de suas almas, que se julgam "eu". Ninguém mais.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Atras das barras de ferro.

Musica para acompanhar: Interpol - Evil

Uma luz vindo da grade,
um sentimento reticente.
E vai brotando girassois em todas as direções
vindo de um micélio de pensamentos sobre um mesmo assunto.

De repente mais um preso entra na cela. Depois de muito tempo de choques temperamentais.
Vem uma história paralela de alguém do mesmo planeta inabitavel.

Com um nome de minério, e tão reluzente a luz vinda de fora que até pensamentos de fuga sucitaram.
Porém sem a ajuda do companheiro jubileu, era a hora de despertarem.

O caminho, a luz, porém as grades...
Então esperaremos o guarda levar os pés a mesa e baixar as pálpebras.
Até que tudo esteja no trilho, pelas pedras reluzentes que levam ao planeta de onde não poderíamos habitar. 

*Micélio é nome que se dá ao conjunto de hifas emaranhadas de um fungo. O micélio vegetativo é a parte correspondente a sustentação e absorção de nutrientes, se desenvolvendo no interior do substrato. O micélio que se projeta na superficie e cresce acima do meio de cultivo é o micélio aéreo. Quando o micélio aéreo se diferencia para sustentar os corpos de frutificação ou propágulos, constitui o micélio reprodutivo.

*A palavra jubileu vem do hebraico, yovel. Refere-se ao carneiro, cujo chifre foi usado para anunciar o ano festivo. Há estudiosos que oferecem mais uma explicação. Supõe-se que yovel vem do verbo hebraico trazer de volta, pois os escravos voltavam a seu estado anterior de liberdade, não sendo mais servos de homens e sim apenas do Criador; e os terrenos também voltavam aos proprietários originais.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...

Luis Vaz de Camões:

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A cebola refogada

Era a hora do almoço, serviu arroz, feijão, a salada de tomate com alface, regada a azeite extra virgem, sal, delicioso! E terminou de fritar o bife com a cebola para refogado. Estavam todos os pedacinhos, douradinhos, brilhantes, pelo azeite e molho inglês, saborozissimos! Serviu ao prato, estava comendo cortou parte da gordura da borda do bife e separou ao prato. Ao lado os pedacinhos de cebola, parecido com as gorduras. Cortou um pedaço de bife, logo emendou outra garfada de arroz, e também viu um pedaço de cebola, mas deve dar um sabor incrível, aderiu a garfada. Na primeira mastigada, sentiu uma energia vinda dos molares que lhe diziam que algo estranho acontecia, a sensação inigualável de prazer e sabor não estava acontecendo. Tateou com a língua, e logo lhe veio a infeliz lembrança do pedaço de gordura do bife. O trabalho de remoção da gordura que estava na boca desencadeou processos psíquicos depressivos. Como o que mais era esperado da hora do almoço era aquela cebola refogada e agora transfigurada em gordura imastigavel, ilusória, de sabor nenhum. Assim perdeu sua fome, pensou em suas obrigações do dia, saiu de casa, imaginando remover toda a gordura do próximo bife antes da fritura deste.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A matemática é bem clara

Powerslave - Iron Maiden

Estavam lá dois servos e um figalgo conversando sobre negócios:

-Vcs dois! Venham aqui! Vamos fazer uma subtração! Vamos tirar a diferença do que cada um produziu e eu fico com o resultado. Lembrando que eu só quero a diferença entre um e outro. O resto é de vcs.

-Então vc que não produziu nada, não me deve nada, e subtraindo ao de seu companheiro que produziu bastante esse mês, eu fico com tudo e vcs com nada.

Os dois viraram as costas e voltaram a trabalhar, para produzir mais, ao prazer de seu fidalgo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sobre as raizes

Musica para acompanhar: http://www.youtube.com/watch?v=SpmWIyjilQo

São chuva de meteóros, tantas que não são explicadas em linhas concientes. A maioria está tudo num forte, acessivel apenas superficialmente. Dizem ser vidas passadas, dizem que é aquilo que não queremos nem ver, ou que está em códigos fechados. Acessar as outras vidas, assumir personalidades, viajar no tempo, no espaço, com outras marcas, outros jeitos, outros pensamentos, outras pessoas ao redor. Mais de um universo que é possivel, quando não pensamos no nosso universo. Essa universalidade fragmentada me causa nauseas, por ser um mar tão revolto. Os tantos eus em minhas vidas. O Exótico, o que está extra ótico? e o que está Endótico? Infiltrar nos caminhos do fluxo mental escondido, sem hipnóticos, sem hologramas reais. É força bruta mental. Substanciado na criatividade. Na criatividade gerada apartir das sensações não vividas. Nas ideias superficiais vindas de flashs. Andar numa limosine ao passo que se está numa casa de campo com uma sensação de angústia, num outro tempo que se está lutando contra os romanos no mesmo lugar que se pintou depois de um futuro um quadro que valhe milhões. Milhões de pessoas, sendo eu mesmo. O Extra eu que vai ser inacessivel por definição. Tudo aquilo que não sou e que está em minha mente é apenas consulta, não há maquina do tempo, nem transplante de conciencia, ou perda da força vital para outra vida em paralelo. Eus dialogando, na tentativa de mostrar as vozes ancestrais do fruto da imaginação, da fertilidade de sonhos, de fantasias. Do eixo que faz girar o mundo, o mundo das ideias inconcientes.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Bárbaro

Link para a musica: http://www.youtube.com/watch?v=1_QU5BX81V0

Às vezes me sinto um bárbaro entre os outros, minha cultura não corresponde em alguns pontos decisivos com eles. Me sinto ignorante em muitos momentos, mas ao mesmo tempo tenho vontade de aprender, não o "aprender" no sentido de precisar aprender para me tornar algo logo e me escravizar com um "conhecimento" que muitas vezes é morto, que não se utiliza naturalmente, que não é possível compartilhar, que faz parte de regras sociais indiscutíveis ou dependente de instâncias maiores como o governo. Como aprender a explorar alguém ou se utilizar de uma conduta para tirar o proveito indigno de algo ou de alguém. Como aprender passivamente a tratar o que não me pertence com total descaso, aprender ao que me é oferecido da forma mais singela e frágil e tratar como se aquilo fosse a coisa indiferente, como se não importasse, por alguma razão preguiçosa e desleixada de não discutir. O que se aprende hoje no mundo globalizado é tão dinâmico, que não vivemos, vivenciamos virtualmente e cada vez mais com o contato virtual do outro. Não temos tempo de viver! Quando falo, é tudo obvio para os outros, mas não chegam a minha essência. Tudo tem um método pratico para se ensinar em um cronograma definido e dependente de outras pessoas de outros métodos, de outras diretrizes. A cultura do "dinamismo manada de elefantes" com o "microscópico construtivismo". A vivência sendo esfarelada pelos vários tipos de mídia. Não quero essa vida. Gostaria que houvesse uma saída para uma vida de verdade, com direito a saúde sem a necessidade freqüente de medico, onde o prazo do natural é mais importante. A organização se tornou algo tão enfartado, que estafa pessoas diariamente com o stress. O trabalho braçal é completamente desvalorizado. O trabalho que é feito com a ciência por vezes é insano, é desumano, a ética como palco de grandes teatros, clones de pessoas, vírus artificiais, "neurochips", o alimento das multinacionais, os sangues do planeta pseudo-econômico... O desenfreio é tamanho que cada vez mais a linha tênue entre a realidade e virtualidade vai se desmanchando para transformar o que vemos em pura virtualidade real, em tempo real. Tudo isso me cansa, é demais para mim, quisera(remotamente, é claro) eu voltar tantos anos for preciso, para ter tempo para viver e vivenciar os momentos de riqueza da humanidade "sem nanotecnologia", conhecer culturas, línguas, povos, lugares, me sustentando de trabalho braçal, respeitando gente e a naturarealeza, com a dança, com a musica, com a literatura. Gostaria de tratar o outro como igual. As vezes é impossível, pois o outro começa a se tornar invasor, inimigo, parasita. Não ha dialogo, se houvesse um jeito arcaico de resolver na lâmina da espada, ainda que houvesse dignidade contra os indignos, heroísmo contra os vilões, mas hoje a linha tênue nos engana muitas vezes. É preciso enganar e deixar ser enganado. As vezes um confronto é engolido secamente, para uma ignóbil relação interpessoal. O homem é tão grande, tão poderoso, mas duvido de sua própria humanidade nos lares, nas escolas, nos escritórios, nos palanques, nos laboratórios, nos hospitais, nas ruas, na sua própria natureza. Lutar? Para que e contra quem? Hoje é mais fácil mandar o exercito atacar ou atirar com uma bazuca pelo computador do que, por exemplo, cuidar de interesses coletivos. Quem finge que se importa? Quem engana a si mesmo, não é mesmo? O jeito é ser bárbaro quando nos cabe ser. Quando não, cabe aguentar quanto tempo for preciso, mas com o olhar para o depois. Se possível com olhar da compaixão, pois é nobre.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Onde está o herói?

Link para a musica: http://www.youtube.com/watch?v=VwlN1-0QJnk&feature=related

De tudo o que foi desbravado a pouco tempo, onde foram parar os códigos de conduta nas batalhas travadas?
Onde foi parar todos os valores colocados em prática?
Onde foram parar teus filhos que ao teu lado destruíram vários de teus inimigos?
O que aconteceu com tua espada, tua adaga, tua lança, teu escudo e tua armadura, deixados em teu lar como ornamentos?
Depois de uma quase morte, foi forte, bravio, destemido, grande, corajoso ao ponto de liquidar todas as dificuldades, onde foi parar a essência tão discutida entre os teus?
E a filosofia? O que aconteceu com o equilíbrio que se tinha quando tudo parecia uma paisagem, onde a descrição era objeto e tu eras o observador?
Hoje tu és inimigo de si mesmo, trai a ti mesmo, trai teus iguais por todos os pensamentos obscuros, por todo medo que lhe corroe a alma. Como tu podes ficar tão fraco? como podes esquecer de ti e esquecer dos teus?
Agora que tu és forte, grande, poderoso, deixas que o medo te guie por pântanos escuros e venenosos que te deixas fraco, pequeno, impotente.

Vai para o norte destemido guerreiro, chama teus filhos, veste a armadura, pega tua espada e teu escudo e procura por teus inimigos, estes estão tomando teu território para instaurar o grande reino sórdido e cheio de desumanidades. Sejai injusto com a injustiça, Tenhai medo do medo, pois este te congela(dizia já tua conselheira). Coragem grande guerreiro, vai em busca de tua paz, destruas todos que tentarem te destruir, possuídos por almas diabólicas que não são humanas. Eles querem te ver cair, te ver morto, morto de sonhos, de poder, por isso derrames sangue deles, faças deles tua gloria, mais uma vez.

Ao te deparares com teus inimigos, não os deixe que o peguem, que o alcancem, pensa antes deles, prevejas que se tu distraíres serás capturado novamente por eles, e serás morto em breve.

Não morras! Luta até o fim com teus inimigos, eles não terão piedade, sejas o mais violento o possível para que vejam tua fúria, causando neles o medo que te assola. Tu és muralha indestrutível, ninguém pode te destruir apenas ti mesmo, já dizia sua amada.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Riviera

Link para a musica : http://www.youtube.com/watch?v=q7VjrW5zgqQ


Então estava ela lá no meio do caminho, não podia voltar a trás, não sabia como seguir em frente, não enxergava nada, mas fez surgir do nada um tudo. Um tudo novo. Viu que se não se adaptasse ficaria inerte e apanharia da vida. Fez de sua vida um jaguar, agilidade, sagacidade, sensualidade. Também fazia questão de filosofar sobre o amor, pois era uma ideia que não conseguia entender. Tudo que fazia era para si mesma e agora em segundo lugar para os outros. Via que se não se adaptasse ficaria enclausurada na masmorra dos inconscientes. Nada que visse pela frente tomaria com surpresa catatônica, não mais, hoje veria com olhos d'agua. Via que se não se adaptasse viveria presa dentro de si mesma, na pressão e na alta expectativa de seus sonhos. Tornou-se humana, passível de falhas, deixou de crer cegamente em suas crenças para repensar suas jogadas. Para uma mulher hoje, o olhar masculino é bem antigo, mas o olhar amplo, tem que ser amplexo e amplificado, para amparar a mulher na trajetória que teve desde sempre, para o que dizem do que é amar sendo o mais racional e passional possível. Se ela titubeasse, poderia falhar, se falhasse viria a consciência. Se hesitasse, poderia perder tempo, se perdesse tempo, não morreria, haveria outras possibilidades. Se esquecesse, poderia sofrer se lembrasse, se sofresse poderia enxergar o que está por de trás do sofrimento. Se amasse, amaria, sem saber o que realmente esse sentimento traria para sua vida de feedback.

sábado, 7 de agosto de 2010

Soledad

link para a musica: http://www.youtube.com/watch?v=1gX_Vre9wak

Ela estava sentada na cadeira da sala, adormecida, depois de uma noite completamente vazia e sem estimulos vicerais. Eram seis horas da manhã ela acorda, e admira a vista da janela, o céu escuro vai mudando de cor, vai transcedendo tempo e espaço, uma carga gigantesca de energia invade sua casa, o sol vai invadindo e vai tomando seu corpo e sua mente. Ela contempla a sensação que lhe explode em mais de mil sentidos escondidos entre suas sinapses apaixonáticas. Decide vestir a roupa de ginástica e sai para sua caminhada matinal. Está completamente tomada de energia solar, ensolarando todos os becos e almas de sua rua, até o homem do quebra-queixo vislumbra uma emoção derivada de seu trabalho, o sucesso do coração. As crianças sentadas na escadinha de uma casa com a bola na mão, deixam a pelada rolar e a brincadeira se instaura e mais alegria se alastra. Irazilda levantou as cinco arrumou a casa, trocou as crianças e descasca batatas em sua janela que dá para rua em que a moça ensoladivina está passando. Pensa que seu marido vai voltar, pois apenas bebeu demais e durmiu em alguma praça. Seu Aroldo na marcenaria vai lixando as madeiras para o novo movél com garra, mas estava triste por sua filha ter menosprezado seu trabalho artesanal. A solamoça passa e ele logo entende que ele pode usar o menosprezo como pretesto de educação e mostrar a filha que o futuro dela depende do que ela sonha. Arribaldo arcordou do banco da praça e logo lembrou de Irazilda que poderia estar descascando batatas a uma hora dessas para o almoço, envergonhado, mas corajosamente volta pra sua casa. Gabriela sentiu-se mal por ter dito que o trabalho do pai não era como os empresarios que ganham milhões. Pensou que seu pai é muito mais importante e grande do que qualquer outro homem, seu trabalho a sustenta faz de Sr Aroldo um grande homem, por todos os dias se dedicar com paixão a marcenaria. A moça iluminasolarada transborda pessoas de esperança e sonhos. O céu azul limpando a mente de todos, a mente que estava cheia de nuvens, todos com suas vidas por construir, por viver dia pós dia, um de cada vez, curtindo o tempo de cada atividade cotidiana. E isso eram nove horas da manhã numa rua qualquer de Salvador, dessas que tem sempre uma vizinhança peculiar que vive.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Chamado: Uma voz oculta

Save a prayer - Duran Duran

Antes que seu cão o morda, morda-o.
Acorde cedo se quizer ver o sol nascer.
Se quiser viver, não morra!
Antes que alguém te sacaneie, seja sagaz!
Racionalize certas emoções, pois elas também são do cérebro.
Tenha paz com sua própria paz.
Seja burro para não aceitar a vida e não querer mudar.
Se não mudar, mude para o mesmo estado.
Guarde suas orações, elas valem muito mais que pensamos.
Como uma força oculta que não sabemos que existe e não temos a mínima ideia de como usar. Por isso vá estudar e descubra se é capaz!
Olhe ordinariamente para si mesmo, assim vai descobrir quem vc é.
Se gostar do que viu, não é preciso comentar.
Se não gostar, tenha vergonha na cara!
Seja mais rápido que seus impulsos, eles podem te derrubar feio!
Não se arrependa, pois se arrepender é inutil para quem engana a si mesmo!
Saiba sentir o tempo e o espaço. Escaneie os relevos de sua vida.
Invista em vc vastamente e respeite, a si e aos outros! Pois não terão o devido respeito com seus sonhos. Não por maldade, mas por não poderem ler sua mente como vc lê.
Coma o lobo antes que o lobo o coma! O lobo faminto e indomavel da sua mente.
Tenha sempre um travesseiro fofinho, sua cabeça não pesa o que seu corpo sustenta.
Queime sua mata, polua suas águas, com o que vc é, mas não pegue emprestado o lixo, a foice ou o fogo de alguém.
Não siga regras, placas, livros de auto-ajuda, busque dentro da sua mente sua propria orientação. Se existir muros, durma mais e comece a se preocupar.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Encanações

Fiz de uma folha de sulfite uma carta de alforria.
Deixei de durmir uma noite para ficar acordado todos os dias.
Fiz de uma hora varias semanas.
Deixei de pensar para me encanar.

Tubulação, Conduites,
Caminhos, claro!

Fiz um pedido, e ainda não aconteceu.
O que será que fiz de errado, o que será que falta enxergar?
Tentei tomar o chimarrão, mas achei amargo, porquê?
O que pus nesse chimarrão que deixei o amargo ruim?
Tentei, de coração aberto, eu tentei...

Preocupações Tubulares...
despejo em letras...

Desencanar!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Gatuno Zumbi

Musica pra acompanhar: Monkey Moon por Noctaluca

O Gatuno zumbi fica nos altos dos prédios, pela noite assobiando músicas que ele mesmo criou. Fica inerte em seus pensamentos, pulando de prédio em prédio sem propósito. Não acredita em nada, mas enxerga tudo, sua visão multimetaforizada, age como prisma em sua mente, e ele nem liga. Se está cego, não acredita, se enxerga com clareza, apenas só enxerga escuridão e sente prazer. Não tem familia, não tem perspectivas, não tem fome, nem sede de vida. FICA INERTE. FICA INERTE. FICA INERTE. Vai se pendurando nos postes, como o homem aranha... mas não é nenhum heroi. Ele apenas existe. Não vive. É um zumbi. Mas sente. Sente a cidade em sua volta. Sente a poluição das mentes, a poluição das pessoas. Ele não interage com as pessoas. Deixa ser. Deixa como está. E mais um rolê pela cidade ele dá. Passa por todo o tipo de lugar, só descansa quando o sol nasce. Bem longe da multidão que levanta cedo. Que dá o sangue pra viver. Enquanto ele dorme durante o dia ele o troca por sua morte dinamica e noturna.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Mexerica da Saudade

Autores: Arthur Pompilio Astrogildo da Silva & Thamires Zaboto Mirolli

Depois do trabalho, lembrei que precisava passar no mercado, reabastecer a micro dispensa de uma prateleira de casa. Dentre muitas gondolas de coisas variadas, algo me atraiu como uma força magnética até a sessão de sacolão. De repente me deparei com mexericas, é óbvio que não é uma fruta a qual comemos todos os dias, feito maçã, existe algo de misterioso no sabor e na própria forma e textura da mexerica. Peguei algumas, por sinal, muito laranjas e vistosas. No caminho para casa não pensei em nada, apenas em descansar e no conforto que nossa casa nos traz. Ali olhando para as compras que tinha feito, e para o sofá confortável em que estava, muitas coisas me passaram pela mente. Súbito me levantei e fui até a cozinha. Lembrei que eu tinha de lavar a louça e limpar o leite que havia derrubado pela manhã. Após a modesta faxina, decidi pegar uma mexerica. Havia muito tempo que não degustava uma. E o fato de apenas segurar aquela fruta sob a luz central da cozinha, me fez sentir algo indescritível. O laranja era tão vívido aos olhos, como se tivesse luz própria. Aquela luz contrastava com o pôr do sol, que agora vinha pela janela. Decidi, por fim, descascar a fruta, afinal, estava morrendo por algo que abastecesse meu estômago cansado de um dia de trabalho. Mas ao arrancar o primeiro pedaço, senti o aroma inconfundível. Esse aroma me remetia quando minha avó chegava da feira com minha mãe com sacolas enormes cheias de mexericas. Recordo-me também quando minha família ia nos sítios e fazendas das pessoas, onde elas tinham pés de mexericas. Nós comíamos no período todo de férias. Lembro que depois de comer umas cinco mexericas de uma vez só, aquele cheiro impregnava nas mãos, e eu passava o dia sem conseguir removê-lo. Agora, a mexerica estava toda descascada e como antes o cheiro ficou nas minhas mãos. Parti-a ao meio e me preparei para saborear o primeiro gomo.instantaneamente lembrei-me de nossa viagens com a familia toda, todo aquele tempo de viagem infinito, eu e os irmãos pequenos ainda faziamos tanta festa dentro do carro que eramos açoitados por broncas durante a viagem. Fingiamos que faziamos silencio, pois faziamos brincadeiras silenciosas mas sempre com um final de exaltação e risos até a bronca da mamãe. Ao segundo gomo, lembre-me de quanto o contato com a familia me parecia confortavel. As vezes vejo familias nos shoppings, nos parques, nas ruas, e noto a complexidade paradoxal, pois também é simplicidade, que há em um convivio familiar. Saudades. Fui beber agua e lembrei-me das obrigações. Decidi voltar a mexerica. E novamente lembranças de outro tempo tomaram minha mente. A nostalgia é algo magico, pois nos transporta e transforma, é como se a lembrança achasse outro lugar da memoria para se acomodar, como novos detalhes ou até com os mesmos, mas sempre com uma caracteristica diferente.Lembrar daquele tempo, me fez pensar em como era bom os tempo de criança, onde não haviam responsabilidades, onde a maior preocupação era a brincadeira ou a bronca do dia seguinte. Já havia passado de metade da fruta agora, e era como a minha vida. Eu estava no meio dela. Já tinha muito do que me lembrar, me arrepender e me alegrar, mas ainda tinha muito por viver. Mergulhei no sabor de mais um gomo, e me lembrei dos tempos de adolescencia. Eu já não via mais minha avó trazendo mexericas na sacola de compras, pois ela tinha ido para outro lugar, alcansável só pelos sonhos humanos. E um misto de tristeza e alegria me invadiu o peito. Esse sentimento duplo abriu a minha mente para perceber que as lembranças que carregam tais sentimentos não trouxeram os momentos de volta, mas a sensação que ainda posso vive-los, no sabor, no cheiro grudento nas mãos e na textura unica da mexerica.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Falando de maneira eliptica II

Musica para acompanhar:
Creep - Stone Temple Pilots

Acordei, tomei o café amargo e fui para a mercearia. Todos os dias eu faço isso, chego as oito e ligo o noticiário. Às vezes os amigos vem conversar, mas quase sempre estou diante do rádio esperando a hora do almoço. João veio logo cedo para saber se eu estava interessado no bolão da Copa, disse que sim e falamos sobre como a vizinha consegue conviver com dez cachorros e quatro gatos. De fato abusa de sua saúde, mas acredito que ela goste de todos eles, então o esforço valhe a pena. Imagino que para gostar de catorze animais é preciso de muito amor mesmo, ou muita carência, a velha era sozinha e os filhos moravam em outra cidade. João me falou sobre o atraso de sua aposentadoria e sua pensão, é claro que falamos mal do governo. Onze horas é hora de ir para casa(do lado da mercearia) sento e vejo que a humidade esta tomando conta das paredes, é hora de pensar numa reforma, quem vou contratar para este serviço? se fosse ainda novo, faria facilmente. Hoje vai ter baião de dois e carne de sol de novo. Adoro isso. Mas minha mulher faz porque é mais rápido. Já não tem tanto jeito na cozinha como antigamente. Uns vinte anos atrás costumávamos cozinhar juntos. Hoje não mais, pois estamos meio velhos para ter o cuidado e calor que tínhamos. Depois do almoço vou escutar aquele disco do Belchior e cochilar. Lembrei que preciso ir a Lóterica, então farei isso assim que chegar. E também a pia do banheiro está vazando, vou tentar consertar, acredito que seja apenas uma vedação com fita e estará resolvido. Não consigo aceitar como as coisas se desgastam tão rápido. Há tanta coisa a se fazer, mas a pouco tempo e pouco jeito para tantas coisas. É preciso fazer poucas coisas e se concentrar nelas, para que sejam feitas de bom gosto. Hoje ando na metade da velocidade que andava, a vida está mais lenta que antigamente. Mas foi exatamente o que pedi. Sou grato por ainda ter coisas para fazer e realiza-las com uma dedicação maior. o João vai passar pela noite para assistirmos o jogo e eu preciso cortar as unhas do pé, bem que eu estava sentindo um certo desconforto esses dias. Preciso passar no laboratório e pegar os exames, talvez minha glicemia e o colesterol tenham baixado. Assim vou poder ficar mais tranquilo para viver mais.

Falando de maneira eliptica

Musica para acompanhar
Creep - Stone Temple Pilots

Estou na escola, todas as crianças estão brincando com seus bichinhos virtuais, mas cansei de brincar com isso, fico aqui sentando na carteira, esperando a hora do recreio, mas o tempo custa a passar. O desenho ainda não fiz, não sei nem o que nem como desenhar. Fico olhando para a janela, para ver se acontece alguma coisa legal. Mamãe disse que hoje vai demorar 10 minutos para chegar, e estou triste por isso. As outras crianças parecem tão felizes alimentando seus bichinhos que eu me sinto sozinho. Ninguém quer fazer outra coisa, e todos já fizeram seus desenhos. Quando sairem suas mães estarão esperando no portão da escola e a minha vai demorar uma eternidade para chegar. Olha só um passarinho pousou na janela, que bonitinho, é gordinho e azul, acho que ele esta com fome, ou talvez queira entrar. Se ele entrasse na sala talvez ele pudesse vir aqui na minha carteira brincar comigo. Como é possivel que com suas asas ele voe tão alto e viaje por tão longe e por tanto tempo. Onde arranja tanta comida para comer? Se eu fosse um passarinho, seria como estou agora, a única diferença é que eu estaria voando essa hora. Não posso sair lá fora para brincar, ainda não deu o sinal. Mas não quero ficar aqui. Se eu pedir para ir no banheiro poderia ir brincar no pátio, mas não posso. podem me pegar e brigar comigo. E se eu fosse beber água? Mas não estou com cede. Por que será que ela fala tanto? Todo mundo esta brincando com o bichinho virtual sem graça e ninguém está escutando e eu não consigo entender o que ela diz. Quanto tempo falta para o recreio? - Havia acabado de começar a aula na primeira série.

Obcenidades

Musica para acompanhar
Have you ever a loved a Woman? - Lightnin'n Hopkins

Hoje acordei cedo. Senti o corpo formigar e fui trabalhar, sem saber o que faria, sem saber que horas tomaria o ônibus, sem saber de nada. Fechei os olhos e desliguei do mundo a fora. Fiquei vinte minutos pensando que estava dormindo. De repente a vi no ônibus e me fingi de morto. A vontade de dar bom dia era muita, mas o bafo da manhã e face amassada pela noite não permitiram. Nem o perfume seria o suficiente para cobrir tais faltas de capricho matutino. Morto estava a caminho do trabalho em plena sete e meia da manhã. Cansado de fazer as mesmas coisas num vicio necessário. A falta do produto num trabalho é como não ser fértil. É como fingir de morto, é como fingir uma felicidade. A satisfação por fazer e produzir é sentir a carne envelhecer com propósito, para que a vida tem algum sentido, mesmo que escondido e não se possa achar. Morrer é difícil, é uma decisão romântica e matar também. Vou me deletar deste mundo. Pressione Enter para continuar se matando todos os dias. De vez em quando vemos que se matar é uma coisa visível e logo tomamos uma atitude, mas que vai enfraquecendo a cada dia monótono que passa.Morrer não é de todo um mal, algo horrível, pesado, é simplesmente a morte como sua definição. Apenas. Morremos e matamos todo santo dia. Para tanto é preciso continuar vivendo e quanto mais pensarmos na morte como sua própria definição, vemos que hábitos podemos reparar, que insanidade dá para parar, que imbecilidade dá para deixar de fazer todos os dias, ou de final de semana, ou de feriados, seja lá que horas for. Se pensamos que estaria falando de vida, estamos enganados, nem eu mesmo penso na vida que tem meus vícios e manias. É impossível parar de ser assim eu imagino, e me concentro no que dá para transformar, não o olhando o essencial. Ás vezes não é possível para ficar cara a cara com nós mesmos. Nos escondemos, é fato. E ainda somos tão ditadores, nos igualamos aos nossos próprios inimigos as vezes, que vergonha para nós mesmos. Se rebaixar e fazer essas coisas ignóbias, se ao menos percebessemos que tais atos influenciam tanto nossas vidas, mas tanto, que daria até vontade de pensar três ou até mais vezes antes de fazer certas imoralidades.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Objeto, observador e seus pensamentos.

Musica para acompanhar:
Crash and Burn - Sheryl Crow

Sentado na beira de um rio, de madrugada: a Lua, companheira dos meus devaneios.
Sob a sombra de uma árvore: penso.
Penso nas coisas que pensei e que vivi esses dias.
Pensei que talvez fosse tudo ingratidão.
Tomara que eu não tenha que pagar pelo que eu não comprei.
Tomara que eu não tenha que pagar o que me roubaram.
Roubaram meu tempo?
Mas dei tempo simplesmente, não quis nem saber se era bom ou ruim.
Fui de coração de carne ingênua.
E que bate tantas vezes por gente que nem nunca viu ou tocou.
Saí da minha cidade pois eu não merecia.
Não merecia as pessoas que estavam a minha volta.
E será que elas me mereciam?
Será que elas enxergavam quem eu realmente era?
Ando todos os dias sob o sol incessante, fritando neurônios.
De repente se ficasse dormente eu não sofreria.
Mas se eu despertasse, a dor de nascer iria ser abrupta.
Dormir na cama e acordar numa queda livre direto para o sepulcro de um rio congelante.
É como brincar de morto vivo: Feliz triste.
Meus pés ja andaram muitos quilometros. Mas não ligo para a distância.
Só quero fazer algo que tenha um valor especial!
Quero sentir vida.
Não quero ser enganado, muito menos por mim mesmo.
A CRUeldade das coisas faz a estabilidade dos seres.
É o diferencial pontiagudo da vida.
Raw Meat. Ainda por ser servida, cozida, frita, assada, com ou sem tempero ou refogado.
Há muito o que se pensar, o que se evoluir.
Tudo está pronto no mundo, só falta saber como viver.
Saber como ser, sem deixar de ser. Ter tato.
Intrínsecamente desmentir o lado negro, o lado claro...
Sair de casa e escancarar a cara para cataratas: Que beleza as têm!
A beleza que se faz primordial na natureza, o que estraga é preocupação em ser perfeito, por isso,
vou esquecer as ofensas:
As ofensas a minha pessoa.
aos meus pensamentos,
a minha experiência,
a tudo que fiz de nobre.
Tudo é lixo e todos são uns vermes nojentos.
Tudo e todos aqueles que ignoraram o pôr do sol. Os que tratam a vida como algo trivial e passageiro.
Se há vida, há um porquê escondido.
Se não houver um, inventar é tornar a vida verdadeira.
Ou mascará-la em um globo onde só vc habita e produz vida inteligente ou burra sobre ser trivialmente cru.
Sou xucro, carrancudo, como as carrancas tribais e por vezes intolerante.
Há tolerância para muitos e há intolerância para poucos.
E é por isso que sempre questiono, será que enxergo mal ou penso errado ou a coisa é que é o problema?
O problema está no olho, na vista ou no cérebro?

sábado, 5 de junho de 2010

Tempo e seus tentáculos

Música para acompanhar:
Burst Generator/ A Modern Midnight Conversation - The Chemical Brothers

As coisas e o tempo tem uma relação peculiar.
Digno de atenção e de coerência para nós mesmos.
Nascimento e prédio,
Gravidez e cimento,
forno e pirata,
tesouro e bolo,
distância e graduação,
chegada e diploma.

Os segundos às vezes são despresiveis.
Os minutos também.
15 minutos para a chegada,
do onibus e para o inicio de uma viagem.
Sabendo onde se quer chegar,
permite nos ter clareza.
Se não sabemos: medo.

Manequim na vitrine,
o cliente exigente,
o gastador,
o indeciso,
aquele que só compra em liquidação.

Em outra dimensão,
há capsulas de vidro
com pessoas congeladas num sala,
Num planeta futurista.
Naves interplanetarias
trazem e levam gente,
esperanças e frustrações.

A espera de serem encontradas,
Haverá o dia em que a aurora do dia
refletirá a insanidade da noite
e o neom que cobre o sol
seja a manta da Lua.
Uma energia avassaladora destruirá
qualquer barreira ou proibição com
Tera trilhões de megatons.

Não podemos ser objetos,
Não compramos e não somos comprados.
Se nos querem ou queremos alguém é preciso que o tempo
Permita que sejamos quistos.
Permita que possamos querer.

Só o tempo configurará uma situação
Moverá os astros aleatoriamente.
Chegarão a sala das capsulas
Desligarão o dispositivo
Será o resgate
Resultado da busca.
A gratificação celeste.
O tempo também pode transformar tudo
em mais medo, sofrimento e pesadelo.

Congelados como maneguim na vitrine,
vestidos com passados e futuros que o tempo pôs a venda.
A espera e estacionamento,
Inércia do movimento e acontecimento,
Doença e pergunta,
Resposta e cura.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Podando braços mecânicos.

Musica para acompanhar:
Das Spiegel - The Chemical Brothers

Um complexo robotico não tem consciencia.
Nem nós.
Acoplado de outros robos, são desconectaveis.
Programados em linguagens.
Muitas vezes conflituosas.
Cheias de sombras, maquinas encantadoras.
Chegam a trabalhar por muito tempo
depois como se relaxassem e se rebelassem
Param de exercer funções.

Desconectar! Suspender funções!
Religar, reconfigurar, maximizar, dinamizar.
Substituir, adaptar, transformar, recodificar.
Mudar linguagem, outra forma de comunicar-se.
Computadorizamento de comportamentos.
Humanificação de algoritmos computadorizados.

A abelha espalha o pólen de outras flores numa flor.
A relação penumbriana faz a perpetuação das especies.
A sincronia e disincronia natural é imbuida de energia.
Faz mecanismos naturais algoritmos rítmicos.

As crianças mais atencionam do que pensam.
Aplicam suas gramaticas internalizadas.
como um algoritmo computadorizado.

Se eu me desligar, seria uma especie de suicidio.
Do momento, ao me religarme, sair do modo suspenso,
estarei em outra realidade, com algoritmos mutantes.
Mutação natural de derivadas e integrais multiplas e interdimencionais.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

(Poema em Libras) Menino Falador

Menino surdo pergunta a mãe em libras porque é surdo ?

Mãe diz não sabe e mandou brincar

Eram pobres e a Mãe empregada domestica

Menino vê arvore e sol, sente calor e frio

Sombra e Luz

Na hora do almoço, menino sente gosto do arroz, feijão, carne, salada.

Morde a língua e bate na mesa

Mãe dá um tapa nas costas e manda comer.

Menino sente dor.

Depois do almoço menino brinca com seu amigo ouvinte.

Imaginam-se dentro de seus carrinhos.

Os dois conversam na mesma língua.

Os dois pensam nos "não sei" e brincam a tarde toda.

mãe chama para o lanche.

Novamente o menino surdo faz uma pergunta lúcida: porque todo ouvinte quer entender mas ao mesmo tempo se faz de surda?

silencio.

O menino continuou a tomar o lanche, mas a pergunta já sentia responder: Todos querem ser compreendidos, mas a distancia entre uma língua e outra é de aprender a se comunicar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Copa do Mundo do Brasil

Musica para acompanhar:
Holy Wars - Megadeth

E foi numa noite pertubadoramente idiota que me deparei com urros alheios.Era o louvor ao futebol brasileiro. Grandes jogadores. Grandes historias. Porém jogam futebol hipnótico. Ganham milhões. São amados por muita gente. O clube que acolher financeiramente melhor, dizem: "é minha casa". Grandes jogadores do Brasil. Que "honram" nosso país em outros paises. A cada 4 anos: Patriotismo. A camisa verde-amarela estampada no peito do povo. A cada ano: Negação da pátria.
O imposto estampado na conta. A cada temporada(de poucos meses) êxodo de nossos jogadores. Que não moram e não pagam tributos de nosso país. Futebol arte. Arte nos pés e gesso na cabeça. Uma escultura linda. Grandes jogadores brasileiros na Copa do Mundo. O verde e amarelo mais exacerbado que já vi. Há um aterramento social. Um delegamento de confiança. Inafiançavel. Winingelevel, fanático e frenético. Efusão de corações famintos. Fome duvidosa. E as outras fomes, onde estarão, povo brasileiro? Deixemos a nosso cargo, nossas necessidades. E o presidente com tanta fome come uma costura pentagonal e hexagonal. Que que vai ser? Penta já né, será hexa? Me diz agora para quê? Pra reafirmar o reafirmamento de reafirmar. Jogar bola no Brasil é paixão esculpida em areia revestido de cobre. Tostão, Socrates, Garrincha, entre outros falecidos e velhinhos amaveis. Vamos jogar bola com eles? Assim a gente aprende a jogar né? O Pelé e seus onvulsonhos noturnos juvenis Propunham o Santo(s). E o purpurinaram, por que não é mais um dos velhinhos amáveis? Por vezes, prostitutas da arte futebolística. Só luxo, discurso decorado(entrevista de jogador), enxurrada de gols e sapateadribles incríveis. malandragem e filhadaputagem numa falta inventada. Algoz ou redentor, o juiz pode acabar com o teatrinho. Salvem-nos e nossos jogadores. Aquele carrinho valeu muito dinheiro, uma contusão e um gol. Mas vendem-se por fortunas. Abençoados e Amaldiçoados sejam quem passa a ideia do Brasil: o futebol.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sem problemas

Musica para Acompanhar:
Angel - Everything but the girl

E agora o que faço sem problemas para resolver?
sem a lembrança de um caso urgente...
Algo a se transformar por necessidade...
Não a nada além de resoluções bem resolvidas.

E agora clamo por alguma coisa problematica acontecer
nessa manhã vazia, nessa tarde cheia de paz, nessa noite tranquila.
Meu sono como uma garrafa cheia de vinho suave.
Embebido de uma doce e viscosa monotonia.

Era bom quando pensava em mais de dez mil coisas.
Tudo ficava para depois e eu não tinha como fazer as coisas.
Tentava fazer  novecentas e noventa e nove coisas.
Tudo num trabalho silencioso e dinamico.

Quem sou eu sem meus conflitos internos?
Quando estou inerte é como se estivesse num rio.
como se estivesse me aproximando da cachoeira.
e a qualquer momento: queda livre.

Tornar-me-ei um homem mal
Só para criar problemas.
Continuarei bom
Para deixar os problemas virem.

E sempre chegam.
Se perdem entre as estrelas
Que sempre nos vêem,
Que sempre nos têm.

Se foram.
Mas são viziveis.
como a própria dor.
Sem porquê.

Sem criatividade para criar,
mas para perceber,
o porquê o coração bate.
Isso já é um problema a ser resolvido.

1 problema inventado,
melhor que nada,
melhor do que ser resolvido,
melhor do que ser fértil de soluções.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nada pra fazer

Musica para acompanhar:
Picture City - Rayman(game)

Tenho um papel, um lápis e uma borracha.
Tinha um conjunto de coisas.
Agora não tenho muito.
Tinha um amor.
Agora só lembro de uma flor.
Escrevo, desenho e a apago.

Quebrei a ponta do meu lápis.
Achei um apontador.
Agora escrevo um poema,
Sobre as coisas que perdi
Tinha o equivalente ao que um rei teria.
Se soubesse como vim a perder...

Tinha casa, moveis, livros, comida, computador...
Tinha quem eu gostava, mas agora não há mais nada.
Papel e lápis, e uma prisão.
Desenho uma aquarela.
E do branco profundo,
a mais farta gama de cores já vista.

Desenho então as coisas que tinha perdido
ao lado do poema.
E assim vou admirando os desenhos,
E me desprendendo das coisas.
Mas não me desprendo dela.
Talvez não perdemos pessoas.

Perdemos oportunidades.
Perdemos momentos.
Perdemos a chance de nos redimir.
E se não temos mais nada,
Só nos resta reinventar.
Reinventar o que ainda resta em nós.

Estou num mundo de papel em branco.
A cada desenho reinvento o mundo.
É preciso de toda a atenção,
Para que todos os detalhes sejam reproduzidos.
Desenho o sol para me aquecer,
As arvores para me abrigar,

A água para beber,
E o que mais?
O que eu mais quiser.
Desenho então seu rosto.
Transformei momentos em memórias.
Não é possível reinventar momentos.

Esse é o momento da redescoberta,
De um renascimento e,
mudança de vida.
Se eu pudesse ao menos traze-la de volta.
Vou desenhar um sábio.
Assim ele poderá me ajudar.

Quando ficou pronto ele já começou a falar.
Se me desenhou então porque não a desenha?
Se fizer só o rosto, só o rosto terá.
E assim foi, do nada ao tudo.
Da tristeza a maior a alegria.
Tudo porque fiz minha liberdade a partir do nada.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Que duvida!

Musica para acompanhar:
Don't Talk To Strangers - Dio

Estava eu com a decisão na minha mão... Ser vilão ou herói?
O que eu sou? Eu salvo algumas pessoas, e se quer elas agradecem.
Vou me vingar de todas elas.
Mas quero ajudar a todos com os meus poderes
E quero destruí-las com os meus poderes.

São inofensivos a mim, pequeninos, pobrezinhos, os admiro muito.
Quero pisar naqueles vermes e faze-los sofrer por não me reconhecerem.

Estou com esses poderes a pouco tempo.
Sou do tipo que era humano e ganhou super poderes para lutar contra ou a favor das forças do mal.
Trazer Alegria ou trazer a Dor.
Trazer a vida em uma flor.
Fazer eles comerem o asfalto para sentirem minha irá.

E compensa ser Vilão?
E compensa ser Herói?

Ser herói não é recompensador, não dá dinheiro.
E ser vilão é chato, mas dá muito dinheiro e tem de elaborar mil planos para destruir a humanidade.
Logo mais vai aparecer outro herói e vai querer arrumar confusão comigo. Ai já viu. Minha cabeça valendo não dinheiro, mas muito mais que isso, minha própria extinção.

Quero ficar vivo sabe.
Já basta ser vilão pra morrer por dentro.
Aquele papo de sonhos das trevas, diabo, insanidade... é tudo tão chato.


Toda vez que eu sonho com uma mulher eu sofro. Mas será que preciso matá-la?
Heróis sempre tem  uns rolos mal resolvidos.
Os Vilões nem rolos têm. Ficam la de caso com a maldade.

Pensei mesmo em ser Vilão e Herói ao mesmo tempo. É um super trampo!
Nem compensa! Alem de ser mais fácil, era o que já estava fazendo. Se as pessoas não me enxergam como herói só porque elas não percebem que são ajudadas(porque se um monstro aparece em tal lugar, por eu ter super poderes, fui eu quem o trouxe, se alguém morreu, a policia já tenta acha pistas pra me incriminar), vou deixar a cargo das pessoas pensarem nessas questões que valem minha existência na terra.(ainda bem que tenho super poderes)É duro ser herói desse jeito.

Vou dar um tempo pra esses pensamentos. Mas já adianto pra mim... o que eu faço pelas pessoas, é uma coisa pessoal e não pode ser coletiva. Eu faço mais por mim e para valer a pena meus poderes,( por que fazer maldades com super poderes dá merda, sempre dá, além de ser perda do meu precioso tempo(porque um tá quase morrendo em Bogotá e outro já pulou do prédio em São Petersburgo, o cientista maluco inventa um "liquidinho" e começa a fazer cagadas na cidade, o outro que cria uma ratazana do tamanho da estatua da Liberdade, e eu tenho que lá convencer a natureza que não a espaço nem tempo pra essas coisas ai, itinerário de herói é tipo o trabalho do garçom, então é preciso ter tempo pra cuidar dessas criaturinhas danadas)) do que para as pessoas que eu salvo.

Se eu faço tudo por mim... Se eu me conheço bem... A escolha já esta tomada.

Preso entre duas dimensões

Musica para acompanhar:
Master of Insanity - Black Sabbath

A politica que irrita o povo é deontológica desde a sua consciência. O homem a fez e a usa até hoje. O povo vê muito bem seu uso, mas ainda não sabe para que serve. Três ou quatro não vão ser considerados aqui até ensinar aos outros essa questão de espaços. E tudo aquilo que é sideral lembra astro, estrela e sol numa ótica comprada e vendida bem baratinho.
Vou desmascarar o preconceito do mal, assim a chance de ver o nojo de perto fica mais atraente. Mal caráter, desonesto, mentiroso, ladrão é só o conteúdo da arma. Usa quem quer e do jeito que quiser. Mesmo que seja tão doloroso cuidar do que é só nosso todos os dias, é quase extra-humano ser revolucionário. Alguém um dia disse que a revolução está na cabeça de cada um de nós.
Não há como tratar nossas vidas como louça suja que pode esperar para ser lavada. Quem tem tempo para revoluções que realmente trazem mudança e menos recalque e repressão?
E ainda se mexermos em nosso inconsciente, é como ter um aterro a céu aberto de tranqueiras que são despejadas junto com as perolas e diamantes pelas palavras lidas e ouvidas ou a cultura logotipada que compramos todos os dias.
O quanto um logotipo estruturaliza ações e comportamentos é quase a proporção do ar que respiramos todos os dias.
Vamos perguntar ao índio, explicando a lógica de mercado, o que ele acha de ter um rotulo puramente mercadológico? O que ele acha de ser uma marca, um apreço inventado que o tira completamente do concreto-real a todo momento?
Duvido voltar a ser índio para quem é branco ou para quem virou branco.

Dorme pra morrer e acorda pra viver!

Musica para acompanhar:
Death by Diamonds and Pearls - Band of Skulls

Deita e dorme, Acorda e levanta, enfeita e dorme, Acorda e levanta,
Deita e dorme, ta morta e levanta, Deita e dorme, Amorfa e levanta,
se esgueira e dorme, Acorda e levanta, Deleita e dorme, Acorda e levanta,
 
...os dias passam na velocidade de uma descarga elétrica.

Deita e dorme, Acorda e levanta, Deita e dorme, Acorda e levanta,
Deita e dorme, Acorda e levanta, Deita e dorme, Acorda e levanta,

Dorme pra viver e acorda pra morrer!

O dia precisa de força para acordar e levantar,  a noite deita e dorme.
Mais um dia e outra noite. E assim o poeta Tempo vai escrevendo.
vai digitando sem olhar o teclado.

A vida quase fica inconsciente, de todos os dias que levantamos, nem pensamos nas coisas automaticas. Vai que fazemos coisas que nunca percebemos.
Já parou para pensar em seu automatismo? E se vc perde tempo de vida com isso?

Já me disseram que o robô que só sabia andar pra frente não sabia descer escadas e quebrou ao descer uma.

Há tempo para reflexões? Não
Há tempo para viver? Depende
Há vida nesse planeta moderno? tem gente que não tem.
Quem tem tempo e coragem de olhar o invisível? Quem?
Vai saber se esse hábito está lhe fazendo mal? Vai saber?

Puts! Tô atrazado! De novo!
Acorda e levanta!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Na sombra de si mesmo.

Musica para acompanhar:
Say Yes - Elliot Smith

Estava ele parado em frente a casa dela.
Pensou em mil coisas.
Era meia noite e a família dela estaria dormindo.
Jogou uma pedra na janela dela.
Não teve coragem de ficar e saiu rapidamente com sua bicicleta.
Por que era tão difícil conviver com seus sentimentos e pensamentos?
Era uma tarefa muito difícil lidar com essas coisas do coração.
Para ele era melhor fingir que eram só amigos. E que não gostava dela de verdade.
Havia muitas coisas que ele fazia questão de esconder.
Por pura defesa.
Ele não tinha consciência disso.
Se defendia de si mesmo.
E brigava consigo quando estava sem nada para fazer.
Atirava dardos nos frutos de uma árvore.
A árvore que o viu crescer.
Morava num bairro bem campestre, perto da cidade.
Não tinha noção do que era capaz de fazer.
Não sabia pensar.
Pensava, mas achava aquilo uma baboseira.
E dizia:

-Como sou tonto, não vou ficar pensando em idiotices, eu não sirvo para essas coisas. Sou um homem sóbrio, sentimento são para mulheres.

Mas ao ver o pôr do sol sentia melancolia e também não tinha consciência disso. Ainda mais que quando criança adorava ver o sol se pondo quando lhe disseram que a mancha laranja intermediando o espaço do sol e o espaço da lua era uma mistura de poluentes.

Que cretinagem, esses poluentes! Era o que dizia. Até que soube que isso não tinha nada a ver com poluentes e sim com a posição do sol. Obviamente lindo e melancólico, o pôr do sol.

Um dia na festa da escola, ela estava com as amigas e ele estava sozinho se perguntando o porquê tinha vindo nessa festa idiota. Encontrou alguns amigos que o animaram.
Sentia-se perdendo tempo. Sentia-se sozinho.
Estava sempre de mal humor e no meio da festa se despediu dos amigos, lançou um olhar marcante para ela e voltou para sua casa.

Estava em casa olhando as estrelas, e pensou em suas obrigações com o pai no dia seguinte.
Pensou que sempre está esperando algo. Não sabia o que era e não quis desenvolver isso.
Pediu para a mãe lhe trazer a janta. A medida que comia, pensava.
E pensava, havia terminado a janta e ainda estava pensando.
Era uma espécie de reconhecimento de suas atitudes. Não se dava conta que estava desenvolvendo seus pensamentos que a tanto repugnava.

Foi dormir. Sonhou com ela e acordou de madrugada desmantelado. Não dava conta dos seus sentimentos e foi olhar as estrelas. Pegou no sono novamente.

Quem sabe um dia desses esse garoto terá coragem de enfrentar ele mesmo, seus sentimentos e pensamentos vãos. Deixe estar.

Homem de sonhos

Musica para acompanhar:
Oh Well, Okay - Elliot Smith

Levantou cedo, ainda o dia estava escuro.
No frio, no vento com chuva, saiu de casa com um propósito.
Era difícil sair de casa sem nenhum no bolso.
Morava nos pés das montanhas.
Ia ele acompanhado de seus pensamentos.
Todos no vilarejo o respeitavam.
Viam o grande homem que era por seu negocio ajudar a todos.
Mesmo assim era pequeno.
Sua vida era insuficiente. Incessante.
Não achava sentido em lugar nenhum.
Perdeu-se.
Sonhou que tinha visto um anjo no alto da montanha.
Por isso levantou cedo e decidiu encontra-lo.
Era um absurdo.
Era ridículo.
Mas era sua vontade.
Não havia contado para ninguém.
Era uma ansiedade sem fim.
Uma vontade gigante de encontrar o sentido que tanto procurava.
Deixava para trás sua vida.
Não encontrava outra coisa instigante quando encontrar aquele anjo.
Conforme ia subindo, suas pernas congelavam, era um frio absurdo e ridículo.
Agarrava-se nos galhos espinhosos das plantas e se feria cada vez mais.
Com frio e dor, não desistia.
Pensava que era a única coisa a se fazer. Fazer por ele mesmo.
De repente escorregou. Ficou com o rosto ralado e quebrou um dente.
Estava exausto e faltava muito para chegar.
Até que seu corpo parou de responder e adormeceu.
Acordou no mesmo lugar e pensou:

-Anjos não existem! Foi um belo sonho num mal momento! E só.

Voltou para casa completamente perdido.
Ao ponto de não se achar na sua própria casa.
Ficou inerte até um dia qualquer.
Como uma despedida de suas alucinações.
As únicas que traziam uma felicidade.
Que mostravam que era possível se preencher.
Preencher-se de sonhos.
Porém quis ficar na expectativa do nada.
Pois se ganhasse alguma coisa, era coisa alguma.
Mal ele sabia que ainda seria fértil de sonhos quando isso acontecesse.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Malandragem

Musica para acompanhar:
O Segundo Sol - Cassia Eller

É a mesclagem, um mosaico de fatores.
Não sei bem definir isso.
Deve ser o espirito, uma entidade que assume a vida de um corpo.
Querem coisa mais seria? Duvido!
Não querem nada com nada.
Querem tudo e querem nada
Querem a inercia e querem se mexer.
Não tão nem ai com a projeção da ilusão.
Querem ser manipulados e tambem não querem.
São vivos e são mortos.
Gostam do prazer contido no perigo, no risco de vida.
Que se foda a vida!
Vou morrer de tanto viver, é o que pensam.

E os pais, a avó daqueles pensam:

Até quando meu Deus?
Por que ele(a) não aceita minha ajuda?

E querem mais, são barbaros e redentores.
trazem a justiça e são injustos.
Comem e cospem.
Choram, sangram e berram violentamente, cuspindo fogo.
Morrem e renascem das cinzas.
Se desgastam ao papel amarelado, a ferrugem, a ausencia de clorofila.
E acabam por morrerem ou ficarem numa eterna depressão ou por ficarem eternamente amargurados.
Será que em busca de doçura? Acho que não!

Não levam a vida muito a sério
Acham que a vida é assim mesmo
não encanam com certas coisas, acham melhor assim.
Para eles nada presta de verdade
Nem a familia
nem faculdade
nem trabalho
nada.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mundos Subliminares III - Sequencia Logica

As rochas em sua maioria
compostas por sedimentos
se unem a uma pedra
que se unem a uma rocha
que se unem a uma montanha

A natureza na sua supremacia
oposta por seguimentos
desune as regras
que desune o codigo
surgindo a aleatoriedade

Da montanha chuva e vento
Da rocha ação do tempo
Da pedra deslisamento
o perpétuo sedimento

Mundos Subliminares II - Coincidencias Misteriosas

Num Complexo canavial.
Grandes, médias e pequenas pragas.
Convivem em cadeia alimentar politica.
São movidas por hormônios sociais.

As grandes pragas controlam todas as espécies.
As médias controlam as pequenas.
As pequenas lutam por sua sobrevivência.
E o canavial é um palco de guerras.

Os diminutos constroem grandes silos de alimentos.
Os medianos saqueam os silos e os destroem.
Os rivais devoram os medianos e diminutos.
Perpetuação das espécies: Ninhos.

Imensas galerias reprodutivas.
Inacessiveis a medianos e rivais.
Formam exércitos infinitamente grandes
de pequeninos indefesos.

Medianos e rivais em poucos números
retém os alimentos da maioria dos minúsculos
e o ciclo se mantém cegamente intacto
como uma politica desenfreada da sobrevivência.

Mundos Subliminares I - Mail love box

Todos somos robos, temos tempo
o tempo de trabalhar nos configura.
Tudo funciona como uma rede.
Rede perfeita onde não há falhas.

Temos um botão vermelho e outro azul
botão azul define o robo tipo H
botão vermelho define o robo tipo M
Estamos todos sempre em sincronia.

Até que a natureza desconfigura com o vento
botões acionados: Hetero-apaixonadas figuras
tudo se desincroniza: harmonia de defeitos em rede
Em ritmo de caos ainda nada se atrapalha.

Casais de robos trocando megabeijos->neon blue
desmagnetizando um sistema unico que há
Copilações agora probabilidades: E a natureza teme
que a sincronia volte destruindo essa Humana Harmonia.

Musica para acompanhar

Para sentir melhor os textos que tal escutar uma musica de minha seleção, para realçar o tempero? hã?
Assim como um chá com biscoitos, uma cerveja e um petisquinho, um arroz com feijão, um ovo com pão... há quem não goste... mas tente!

Quando for ler os textos tente abrir o youtube e achar a musica que o acompanha.

Obrigado pelas visitas!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Da doença a cura de si.

Musica para acompanhar:
Shell Shock - Manowar

Trancar-me.
Dentro da minha mente.
Meu abrigo, minha toca.
Tenho tudo o que preciso em minha mente.
Preciso de tempo.

Vou varrer tudo como um scanner multidimensional.
Lembranças e pensamentos parabólicos emissários.
Tudo a olho nú, até o que é microscópicamente transmissário.
Entrar no problema e ver de dentro.
Sair do problema e ver de fora.

Sobrevoar os problemas.
Ir no subterraneo deles.
Fazer mapas.
Modelos cientificos.
Recuperação de dados.

Tudo tem que estar presente.
Tudo o que se passa na mente.
Trazer o não consciente a superficie
Tudo é valido, Nada que eu disperdice.
Sentir-me enormemente.

Vou ficar fora uns tempos.
Na caverna da mente.
Tentar enxergar o escuro que eu criei.
Articular pensamentos como harestas.
Um andaime para poder ver de perto.

Há uma coisa sendo construida.
A uma estrutura sendo criada.
Uma formulação.
Uma ideosintese.
A reportagem do eco.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Monstro

O monstro agora chora
depois de tantas pessoas horrorizadas com sua feiura
depois de tantas pessoas mortas pela sua falta de piedade
depois de tantas cidades arrazadas pela sua força
Com sua brincadeira divertida

Depois de encher a pança de tanto desastre pela redondeza
Depois de beber quase todos os rios da região
De matar a população de sede
de fome
de desesperança
de horror
e Medo

O monstro chora pois não a nada mais para interagir
Ninguem para engolir
Ninguem para despedaçar
Ninguem para tornar seu jogo deontologico.

A culpa cai toda sobre suas costas imensas
Cai com o peso do mundo que destruiu
Todas as almas das pessoas mortas clamam por justiça agora
e não tem a minima piedade.

A tristeza mais tenra, a mais vulneravel cai no consciente do monstro
Uma retomada de consciencia da qual nunca mais fará bem algum ao monstro
Que sempre quis o proprio e solidificado mal.

Pesam que sabem

Musica para acompanhar:
Hunting High and Low - A-ha

E ela fala a ele tudo o que esta se passando.
Ele entra em modo standy-by.
Desliga e fica com o corpo suspenso.
Logo o removem do banco da praça.

Ela caminha em direção ao sol e repentinamente desliga
Cai ao chão e fica imovel.
A removem dali para que não atrapalhe o transito.
No laboratorio estudam essas criaturas.

Criaturas inanimadas que não sabem falar de amor
Mas tentam como se soubessem tratar de tal assunto.
Os tecnicos trocam o sistema, trocam algoritimo.
Reconfiguram e nada faz apagar essa sombra em suas memorias

Os religam e automaticamente fazem expressões enigmaticas.
Logo entram em stand-by e se desligam.
Corpos de frente um para o outro.
Suspensos a queda de sistema, de sinal, de energia.

Baterias recarregadas, quem tem coragem de religar?
A equipe esta ansiosa para ver essa duplinha agir.
Religam e a mesma avaria é apresentada.
A bateria estava viciada.

Trocam as baterias.
Não ha espaço para falhas.Porém houve.
Os dois foram religados
e se viraram um contra o outro e cada um tomou seu rumo.

domingo, 2 de maio de 2010

A Pergunta

Qual a parte boa de se responsabilizar?
Vc está responsavel por isso?
Fardo ou Orgulho?
Fardo falso ou Orgulho ofuscante?

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mineiro da Casa de Madeira

Musica para acompanhar:
Honest - Band of Skulls

Levantou cedo e foi para a mina.
Seu trabalho dura o dia todo.
Sem pensar em nada usa sua picareta para extrair os minérios.
Os minérios escondidos e encrustados na rocha sedimentada
Volta pra casa sempre com pouco.
Sua casa de madeira.
Suas pequenas economias.
Não esconde absolutamente nada.
Está em busca de um coração de ouro.
Por que não o tem.
Tem um vazio no formato de um coração.
Não volta para casa enquanto não tiver uma mínima quantidade de minérios.
Minérios que o fazem se manter a cada dia.
A cada coisa que possue sabe exatamente o quanto teve que trabalhar para conseguir.
Conseguir que fosse mais honesto consigo mesmo.
Deixar expostas suas feridas para quem quer que veja.
Nunca esteve interessado em acumular riqueza.
O Amor sempre esteve em seus bolsos. Nada mais.
Troca qualquer sentido emprestado por silêncio.
Foi muito dificil jogar esse xadrez de atitudes.
As outras pessoas trapaceiam pois não conhecem a si mesmas.
Conhecem apenas aquilo que pensam e enxergam ou enxergaram na hora.
Não sabem ver com os olhos fechados.
Não sabem escutar o silencio.
Muito menos os sinais que seus corações de carne lhes dão.
Suas mãos quentes dentro das luvas suam.
Tantos golpes, por tão pouco.
E ele ainda troca, para comprar pão, café.
Caça! mata animais, que a natureza repoem.
Mata pessoas, com sua sinceridade.
Mas quem disse que ser Honesto é bom?
Estilo de vida? Mineiro Honesto?
Lapidando emoções novamente...
Quebrando, arrebentando toda e qualquer ilusão sedimentada.
Sedimentos que encobrem e encrustam as verdadeiras emoções.
Seus desejos... ah! tão vãos...
Um coração de ouro.
E a mina que possue uma estrada de trilhos, iluminação...
Não é suficiente para seus desejos.
Ele sempre tentará mentir sobre seus próprios sentimentos.
Vai falhar, é dificil ser honesto. Fingir não o ser, é ser modesto.
E ele lava seus minérios em água corrente e vê beleza em seu trabalho.
vê beleza nas pedrinhas, vê preciosidade!
Apenas ele vai enxergar o que seu próprio trabalho lhe diz todos os dias santos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Freud de e-storias em quadrinho

Musica para acompanhar:
Hollywood Bowl - Band Of Skulls

As pessoas almanaques
Desembestam a dizer
Seus delirios de cultura
Comem com farinha baiana
o arroz e feijão de todo dia
Cultura em panfletos psicodelicos
Cultuletronica panfletagem sem fim e wireless.
Por falta de espaço na estrada
colisões frontais de perspectivas fajutas e inuteis
Como as confabulações em comunidades orkutidianas.
Tudo escorre e se esvai em cabos de fibra otica e coaxiais enferrujados.
A dormencia cerebral nos envelhece e nos rejuvence para sempre
Nos infatiliza e nunca nos faz amadurecer.
Vc é o melhor no que faz! Eu sei disso!
Seus pais não vão querer o melhor pra vc neste futuro do preterito.
É bom pensar nos sapos que irá engolir.
Sapos com gosto de sapos
Lacustres viscosos e gelados.
Uns maiores que os outros.
Que tal se envenenar de tanto se envenenar?
Pode ser um paliativo.
Para sua frustração pacificadora diabolica de pães amanhecidos para seus filhos.
Sorte sua que vc tem de tudo!
Tudo que lembre o que não vc quis olhar
Com esse olhar frustrador, Castrador, e Alienador de seus pais.
A Culpa é toda sua!
Ter nascido não é das maiores culpas.
a questão, decididamente está na busca insana por frustração
a todo o momento infeliz que vc passa.
Ei vc que ainda pode transformar esse olhar destruidor em olhar RESET.
Feche todos os aplicativos, por favor!
E FORMATE A SUA CABEÇA!
Pelo bem de todos que lhe acompanham e são frustrados.
Todos iguais ao que vc será.

Detalhe

Já notaram o horário das minhas postagens?
Não é preciso! nunca postei nesses horários!
Não sei como mudar a hora das postagens!
Para saber a que horas realmente eu postei, vejam que coisa louca,
Some 4h a hora da postagem!
divirtam-se! E obrigado por me "seguirem".

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sou um Tanque de Guerra no Deserto de Gelo

Noite a dentro, cruéis tempestades de gelo encobrem o casco militar.
Sem radares nem GPS passo por lugares mortos.
A procura do nada. Acontece que o nada está diante dos meus olhos.
De dia há muita neve. Uma neve tão branca que me cega.
Deparo-me a um lago congelado, próximo a uma floresta de coníferas.
E vejo uma ponte que liga lugares espirituais.

O que são? Quem são? O que foram quando vivos?

Espectros transpassando o tempo e espaço sobre águas congeladas.
Dizem que é a Aurora Boreal. Quem tem certeza do que vê?

O dia tão gélido e tão branco. Esteiras á neve tão pacifica, mas traiçoeira.
Estou em um buraco camuflado pelo gelo.
É nessas horas que me questiono.
O que faço em lugares dizimados?
Fácil. Estou apenas.
Mas é com alavancas auxiliares prossigo minha jornada.

A noite tão escura que meus faróis mal podem trazer a visibilidade.
Atropelo fatalmente animais que estariam vivos agora.
Mas é preciso passar.
É preciso achar o que nunca vou achar.
É como a própria vida.
Sem razões, sem motivos, sem objetivos.
Passar enquanto é possível.
E a cada momento de vazio existirá a busca por mais sentimentos lacunares.