terça-feira, 16 de novembro de 2010

A criança entre a Macro e a Micro perspectiva

Comfortably Numb - Pink Floyd

Uma criança estava em sua casa, num apartamento, no décimo andar, na sala de paredes brancas com grandes janelas, com os pais, e de repente começou a fazer gestos aleatórios com as mãos e começou a imitar os pais, e depois começou a cantar a musica do seu desenho animado "preferido", tentando alterar a voz. O modo com que cantava "parecia" irônico. As brincadeiras, a interação que tinha com os pais, parecia tudo falso. Os pais não davam muito atenção para suas ações, até que a criança começa a chorar sem motivo. Logo que eles foram abordar a criança, ela parou, voltaram a atenção para a TV novamente e a criança torna a chorar. Esse "joguinho" passou a acontecer algumas vezes até que o pai, perde a paciência e começa a ameaçar e a bater na criança. Nada disso adiantou. Podia se interpretar, que a criança queria fazer os pais de bobos. A criança cansa de brincar disso, e começa a ficar paralisada, emitindo sons com a boca, olhando num ponto fixo, a mãe começa a interagir com a criança, mas a criança não dá a atenção esperada. A mãe, preocupada, pega a criança no colo. Inesperadamente a criança morde o nariz da mãe com força. A mãe, irritada, lhe dá um tapa na boca. E começa a falar com a criança e a pequena começa a imitar a mãe. Por que? O que será que a criança testa? qual a dimensão que a criança tem das coisas? Nenhuma. E como a criança aprende a ter noção? na violência? Na demonstração. Como se dá os laços de confiabilidade entre pais e filhos? Será que quase tudo é falso? Será que o medo, a autoridade, tem a ver com a distorção da imagem que é projetada e que deveria ser "sinonimas" entre os pais e os filhos? A criança não sabia que os pais assistiam ao vídeo de seu casamento, que era um recurso utilizado para a reflexão do contexto presente. Os pais da criança já tinham brigado demais.  Queriam resgatar ótimas épocas. Queriam enganar-se com esperanças possivelmente verdadeiras. Qual deles teriam a dimensão do contexto de seu casamento? Nenhum dos dois. É sempre uma coisa que muda de cor, que muda de tamanho, muda o tom, e terminar tudo é apenas um modo de ver as coisas que está em pratica, ambos concordam e seguem com seus cosmos. Mas os pais da criança, depois de tanto tempo juntos, desperdiçar suas vidas com egoísmo, com mesquinhices... Tinham um filho oras! Ali há uma família. Não era um engodo. Era um terreno fértil para o desenvolvimento de pessoas: AMOR.

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