sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Doente

Breathe - Prodigy


Estou doente, da energia que absorvi e não deleguei a inércia e ao fluxo de renovações. Vou encontrar primeiro a cura de todo o mal absorvido, de toda a raiva, a ira contra todos, contra cada ser vivo, inclusive de mim mesmo. Vou expurgar todo piche grudento e fétido da minha alma pecadora e perversa. Atormenta a mim, aos outros que nada tem em comum dessa absorção mórbida e cavalar de ódio. Vou fazer dos insetos algozes, vermes ditadores, moscas uma sociedade hipócrita cheia de vícios. Moscas com o peso de mamutes e dentes como o de  tigres dente de sabre. Predadores de toda boa oportunidade, da boa caça ao cômodo, pela sobrevivência mortificadamente imprudente e rota. Adjetivações exacerbadas para a extração de toda sensação inverossímil pois são reais do ponto de vista fantástico e não uma ficção dentro da ficção. O fantástico que chega ser real dentro do real sentimento duvidoso. Agora vou fazer um esforço para sobreviver a travessia no mundo do inconsciente.

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