sábado, 7 de agosto de 2010

Soledad

link para a musica: http://www.youtube.com/watch?v=1gX_Vre9wak

Ela estava sentada na cadeira da sala, adormecida, depois de uma noite completamente vazia e sem estimulos vicerais. Eram seis horas da manhã ela acorda, e admira a vista da janela, o céu escuro vai mudando de cor, vai transcedendo tempo e espaço, uma carga gigantesca de energia invade sua casa, o sol vai invadindo e vai tomando seu corpo e sua mente. Ela contempla a sensação que lhe explode em mais de mil sentidos escondidos entre suas sinapses apaixonáticas. Decide vestir a roupa de ginástica e sai para sua caminhada matinal. Está completamente tomada de energia solar, ensolarando todos os becos e almas de sua rua, até o homem do quebra-queixo vislumbra uma emoção derivada de seu trabalho, o sucesso do coração. As crianças sentadas na escadinha de uma casa com a bola na mão, deixam a pelada rolar e a brincadeira se instaura e mais alegria se alastra. Irazilda levantou as cinco arrumou a casa, trocou as crianças e descasca batatas em sua janela que dá para rua em que a moça ensoladivina está passando. Pensa que seu marido vai voltar, pois apenas bebeu demais e durmiu em alguma praça. Seu Aroldo na marcenaria vai lixando as madeiras para o novo movél com garra, mas estava triste por sua filha ter menosprezado seu trabalho artesanal. A solamoça passa e ele logo entende que ele pode usar o menosprezo como pretesto de educação e mostrar a filha que o futuro dela depende do que ela sonha. Arribaldo arcordou do banco da praça e logo lembrou de Irazilda que poderia estar descascando batatas a uma hora dessas para o almoço, envergonhado, mas corajosamente volta pra sua casa. Gabriela sentiu-se mal por ter dito que o trabalho do pai não era como os empresarios que ganham milhões. Pensou que seu pai é muito mais importante e grande do que qualquer outro homem, seu trabalho a sustenta faz de Sr Aroldo um grande homem, por todos os dias se dedicar com paixão a marcenaria. A moça iluminasolarada transborda pessoas de esperança e sonhos. O céu azul limpando a mente de todos, a mente que estava cheia de nuvens, todos com suas vidas por construir, por viver dia pós dia, um de cada vez, curtindo o tempo de cada atividade cotidiana. E isso eram nove horas da manhã numa rua qualquer de Salvador, dessas que tem sempre uma vizinhança peculiar que vive.

2 comentários:

  1. Sir Arthur! Mais uma que dava um livro! Pensa nisso cara, serião.
    É nesses episódios do cotidiano que nascem as grandes obras.
    bjo

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  2. Sabe quando vc é criança e le livros antes de dormir de estórias q fazem vc sonhar a noite toda e acordar com vontade ser ser um dos personagens daqla estória, ou vontade de ser mais criativo, ou de fazer algo impressionante, o passar o resto do dia pensando no universo que existe além do nosso consciente...???
    Então...me sentir assim depois de ler essa cronica...
    Literatura para poucos.

    Nhom. nhom. fruewum...

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