segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estoque de paciência

Eu abri a porta e ela entrou.
Entrou, pois seu senso de aberração é ímpar.
Ela vem e me decifra, o código de Hamurabi.
Como se eu fizesse doações de razões
Preferi doá-las.

Não servem a mim.
Não preciso ter razão.
O presente nos cobre e nos recheia.
A própria convicção do bolo
Estará no 1o ou 2o pedaço que eu provar.

Faço donativos, em forma de razões, as pessoas.
Mas agora vou precisar de sacos de paciência.
Vc sabe onde tem uma loja perto daqui?
Vou precisar, pois as pessoas nunca vão parar
Sempre terão verdades absolutas

E eu como "bom-samaritano"
Vou ajudar essas almas sem corpo
a terem mais razão ainda.
Já disse eu não preciso delas.
Basta que meus ouvidos tenham filtro.

Assim como o True Metal
Eu escuto bobagens, tranquila-mente(s)
E faço aleluias as razões da Terra.
o som distorcido de uma guitarra como filtro
Me ajuda a transformar merda em adubo.

Como se não bastasse
Acham que eu fico sem razão
Perco a moral
Como se tivessem muito disso ai.
Eu tenho muitas razões para distribuir

As dou a quem quiser discutir comigo.
Não me prejudicando faço doações.
Se razões fossem convertidas em dinheiro
Acho que eu já seria milhonario
Simplesmente porque as pessoas preferem a segurança

A busca por um chão firme
E nunca enxergam que por conta da insegurança
Por conta da duvida
é que conseguem alguma coisa
Um feixe de razão pré-fabricada.

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