terça-feira, 13 de abril de 2010

Enxergar a Cegueira

Acordei sem sono
De madrugada o sol ja tinha avisado que sairia
Seus raios vermelhos e reluzentes no horizonte.Mas eu queria a noite.
E cada minuto a lua se apagava
E vinha aquela luz para cegar o que eu precisava ver.

De tempos em tempos a lua não aparece de noite
Dia pós dia o sol consegue estar presente nos dias de chuva
Quase todos os dias a lua transparente fica no sol. Descontextualizada.
As noites de lua cheia são as que me levam para o que quero.
Sigo o mapa de estrelas onde o destino é explicito, mas inacessivel.

O poder e o querer, nunca estiveram ao mesmo patamar.
Não quero a luz agora. Quero a escuridão. Ou eclipse novamente.
Quem dera ser cego e ver a eterna noite na imagem do cerebro.
Mas vem o sol, arrazando toda a escuridão.
Desmanchando o conforto, levando tudo oq eu precisava ver.

Mas se o sol cega, talvez poderei ter a ilusão que ainda é de noite.
E a escuridão, como a luz pode traze-la com sua propria presença?
E como a escuridão estava sendo que eu quisesse enxergar?
Talvez não haja diferença entre ser cego e não querer enxergar.
A Ilusão é uma visão cega. Uma convicção falsamente verdadeira.

E se eu quisesse enxergar?
E se eu pudesse enxergar oq estivesse ao meu alcance?
E as coisas que ainda não enxergo?
Estarei cego?
Relativamente, Parcialmente, quase cego.

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