Hoje vou mudar um pouco meu estilo de escrever. Já escrevi muito sobre muita coisa. Agora eu vou escrever tudo isso e tudo o que virá, o que sentirei, de uma forma mais “desabafiosa”. Talvez esse formato apareceu por conta de como os acontecimentos estão surgindo sem espaço, talvez, para uma reflexão a qual não dou conta.
Nesses últimos
tempos, as emoções sempre ficaram a flor da pele e eu sempre jorrando minhas
impressões sobre sentimentos obscuros, faço isso por transbordar o cérebro de
tantos pensamentos, tantas perspectivas e faço isso numa tentativa de entender
minha vida.
Às vezes é fácil
admitir que entendo muito mais a mim mesmo que o mundo ou os outros. Os outros?
Ah não, às vezes é um “trem esquisito”, são aquelas equações cabeludas de matemática
que eu tenho pavor e desespero.
Eu sempre faço
aquele esforço para entender os outros e assim entender meu limite, mas
ultimamente percebo que esse limite está louco demais para entender algo
relevante sobre mim. Às vezes é muito difícil esquivar de certas impressões
que, sinceramente, teria sido melhor ter dormido mais, ter acordado mais tarde,
ou nem ter acordado no dia. Esse escape eu faço por meio da humildade, por
exemplo, quando não vou me expor de forma suprimir os outros (muitas vezes eu
suprimo a mim mesmo e isso não é nada vantajoso e até entediante diante dos
resultados obtidos), pela compaixão, quando eu sei que uma pessoa faz sem ter (tendo)
a consciência do que está fazendo para me prejudicar ou agir de má fé ou agir
com violência. Eu preciso da compaixão e ela me é muito útil, tanto que sei
perdoar (mais ou menos) as pessoas que tentam a sorte para se beneficiar de mim.
Não sou um
Darkside nem quero estar perto de gente self-destrutive, “sai pra lá” eu quero
viver de sentimentos bons, com o que eu posso fazer de bom, de bem, e fazer o possível
para não ser conivente com a falta de escrúpulos, a leviandade dessa gente.
Muitas vezes chamo essa gente de Babaca, porque? Por que é uma lei universal
que esse tipo de gente estraga o dia, estraga o trabalho, estraga tudo, quebra
tudo, e costumam proferir: “FODA-SE” é a marca numero 1 do babaca. É por isso
que muita gente está perdida no limbo da falta de humanidade, da falta de
educação e respeito com o próximo.
Posso estar
aqui palestrando sobre tangencias do cristianismo, mas assumo que sou cristão,
mas não preciso agir como um, eu só quero esse clichê que todos (imagino pode
haver o contrario) querem: O estatuto da felicidade soberana. Embora seja obvio
que não estamos tratando de um estado de espirito constante, os momentos em que
esse sentimento radiante e equilibrado aparece são luminosos e mostram um
caminho, mas muitas vezes pode ser um caminho do sofrimento do outro. Não vou
entrar no mérito da questão devido à complexidade de situações que configuram
uma desilusão, uma inveja, quem sabe ira...
Tratando
disso, basta que lembremos de que temos que nos concentrar em nós mesmos
somente quando o outro escapa, não, como dizer isso? O outro escapa de quê? Vamos
imaginar aquela invejinha entre irmãos, por que é que um deles não fica feliz
pelo sucesso do outro? Há uma descompensação, pois o sucesso de um foi a
retirada da oportunidade do outro. Não
há resposta para o porquê. Em situações desse jeito eu tenho a brutal atitude
de abdicar desse sentimento e cedo espaço para o outro, seja irmão ou não,
todos tem oportunidade então prefiro acreditar que a minha ainda não veio. É difícil,
confesso que preciso de muita força para agir assim, mas imaginemos: Vou
declarar uma guerra com o meu irmão, persuadir pai, mãe, avós, tios, primos e
deixa-los com ódio dele, vou fazer da vida dele um inferno, vou brigar com ele
toda vez que ele aparecer na minha frente. Vejam só o desgaste, vejam só o
levante de ódio e fúria por uma situação que não vai me trazer gloria, não vai
me trazer uma recompensa, a não ser o sofrimento do meu irmão. Eu abdico, eu
não preciso disso, amanhã é outro dia, tenho muita vida pela frente, ficar
brigando? Eu não perco meu tempo com ódio ou raiva.
Disse tanto
que parece que meus poemas e textos fictícios acharam esse novo formato chato.
É o primeiro, é o bebezinho. Tenho muito o quê dizer, muito o quê fazer, muito
o quê transformar. É nas coisas singelas que pretendo trabalhar. Não vou ficar
me gabando por que fui para o Velho Mundo nas férias, o mundo é muito grande,
mas também é muito pequeno. Em 9h40m estive lá e de lá vim para o Brasil, o que
nos torna “especiais” é o dinheiro que gastamos, e se todo mundo fosse rico, e
se não precisássemos de dinheiro? Parei com o devaneio, mas quero dizer que não
há nada de novo no outro, seja uma pessoa ou continente (saudade do bolinho do
Continente), não é um brilho ofuscante que nos cega e que nos trará a
libertação de nossos medos e nossos desconfortos, é sim um mundo diferente, mas
compreensível (quando já temos noções suficientes para compreender).
Fica o
desafio, como se entusiasmar com algo conhecido e sem mistérios? Daí que sai o
mistério. O Desenhista desenha aquilo que quer criar ou reproduzir com o seu
fiel escudeiro, o lápis.
Outra situação
que me digladio é a que sou uma raquete, mas que não serve para jogar tênis, e
sim matar moscas e insetos com pulsos elétricos seguidos de golpes aleatórios. Quando
percebo isso, é um puro descontentamento e sentimento de inutilidade humanitária.
Penso que ao sentir isso e refletir sobre essa situação já é um começo para a
mudança. Aceitar que não sirvo para o tênis? Para que serve o tênis mesmo? É um
esporte? Ah deixa quieto então! Bora matar insetos (cara de irônico consigo
mesmo). No entanto não deixo de ser uma raquete que previamente se percebe que
se usa em um jogo de tênis. O jeito é ter compaixão comigo mesmo.
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