Às vezes meu silêncio não quer dizer absolutamente nada.
Minha respiração fala muito mais do que minha expressão verbal e física.
A vontade de falar é tanta, de falar o que sinto, de mostrar exibir, exprimir aquelas sensações...
Mas é impossível, limito-me ao balbuciar infantil, a voz sem fala. Sem discurso.
Eu sei o que sinto, sei o que penso. Só não saem de mim falas coerentes.
Aquelas falas que as pessoas até enxergam no plano virtual, e quase tocam nossas palavras.
Aquelas falas que tocam as pessoas. Não. Não o posso. É extra-eu, o que é intra-eu.
Um dia pensei que poderia ter o dom de comunicar. Outro dia pensei que sou interlocutor de mim mesmo. E só de mim falo, escuto-me, entendo-me.
Às vezes me sinto fantasma, daqueles que não existem porque ninguém acredita ver ou escutar.
Circunscrevo-me a ser obtusamente prolixo.
Pró-lixo?
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